2021-08-04 19:29:00 Jornal de Madeira

CGTP dedica condecoração a trabalhadores e dirigentes

A CGTP foi hoje condecorada, pelo Presidente da República, como Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, título que dedicou ao esforço de todos os trabalhadores e dirigentes sindicais que contribuíram para a transformação da sociedade. “Consideramos que é a todas essas gerações de dirigentes sindicais, ativistas sindicais, trabalhadores, que contribuíram ao longo destes 50 anos para tudo em termos de transformação da nossa sociedade”, que se dedica a condecoração, afirmou a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, que falava aos jornalistas após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa. Em 01 de outubro de 2020, o Presidente da República tinha anunciado a atribuição da condecoração, sugerida pelo primeiro-ministro, António Costa, a propósito dos 50 anos da central sindical. Numa nota colocada, na altura, no portal da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou a luta da CGTP contra o cerceamento antidemocrático dos direitos dos trabalhadores e de afirmação dos valores da liberdade, igualdade e da solidariedade. O chefe de Estado notou também o respeito e promoção da dignidade do trabalho e da justiça social pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN). Garantindo que a confederação está honrada com a atribuição deste título, Isabel Camarinha assegurou que a intersindical vai continuar ligada aos locais de trabalho e aos problemas dos trabalhadores, bem como à defesa dos seus direitos, interesses e à melhoria das condições de vida. Na audiência que se seguiu à atribuição da condecoração, a líder da CGTP defendeu a necessidade de alteração de políticas tomadas mesmo antes da pandemia, que levaram aos baixos salários e ao desinvestimento nos serviços públicos e nas funções sociais. Assim, a central sindical reiterou ser necessário o aumento geral dos salários, a redução do horário semanal para as 35 horas, o fim da precariedade e o emprego com direitos. “O salário mínimo nacional está a engolir grande parte das tabelas salariais em todos os setores de atividade. Setores de atividade de grande especialização têm, neste momento, um afastamento do salário mínimo reduzidíssimo, quando há poucos anos, tinham centenas de euros de diferença entre o salário mínimo e o salário base. Isto vai aprofundar a crise que já estamos a atravessar”, vincou.

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