2020-08-11 18:37:00 Jornal de Madeira

Movimento de peregrinos no Caminho de Santiago cai mais de 80%

O movimento de peregrinos no caminho português pela costa até Santiago de Compostela, na Galiza, caiu mais de 84% em relação ao mesmo período de 2019, apesar da reabertura de fronteiras entre Portugal e Espanha, fechadas devido à covid-19. "Por esta altura, em 2019, teríamos uma média de 120 peregrinos, por dia, a caminho de Santiago de Compostela. Hoje, temos cerca de 20 pessoas a fazer o percurso secular até à catedral da capital da Galiza", disse hoje à Lusa Alberto Barbosa, o presidente da Associação dos Amigos dos Caminhos Santiago de Viana do Castelo. Segundo Alberto Barbosa, mais de um mês depois da reabertura de fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha, no dia 01 julho, o caminho português pela costa, que parte do Porto e passa pelo Minho até Santiago de Compostela, é percorrido sobretudo por "italianos, espanhóis, alemães e portugueses". O surto do novo coronavírus quase parou aeroportos, repôs fronteiras entre Portugal e Espanha e impediu a peregrinação rumo à catedral de Santiago, encerrada desde 13 de março, para venerar as relíquias do santo. A pé, a cavalo ou em excursões, no ano passado o caminho atingiu um recorde, com 350 mil peregrinos. O "pico" da presença dos peregrinos na região começa em março e estende-se até final do verão, mas encontram-se caminhantes todo o ano. Em 2019, os municípios de Valença, no Alto Minho e Tui, na Galiza, registaram um "novo recorde de peregrinos" com 88.310 pessoas a passar ou a começar aquele trajeto religioso naquela eurocidade. Segundo o responsável, hoje, o "fluxo muito reduzido" mantém encerrados "muitos estabelecimentos comerciais" que, ao longo do percurso, vivem daquele produto de turismo religioso. "Há cafés e restaurantes que ainda estão fechados porque o movimento de peregrinos não justifica a abertura", especificou. De acordo com o responsável pela Associação dos Amigos dos Caminhos Santiago de Viana do Castelo, os albergues municipais ou associativos continuam encerrados, sendo o alojamento privado a única alternativa para os peregrinos.

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