Beirute/Explosões: Portugal disponível para enviar 42 operacionais para o Líbano
Portugal manifestou hoje disponibilidade para enviar 42 operacionais de uma força conjunta para o Líbano, para prestar auxílio às autoridades locais na sequência das duas explosões que abalaram Beirute na terça-feira. O anúncio foi feito pelo Ministério da Administração Interna (MAI) que, em comunicado, especifica que a equipa é composta por operacionais da Proteção Civil, GNR, INEM e do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa. Segundo o MAI, os operacionais destacados têm competências nas áreas de busca e salvamento em ambiente urbano, emergência pré-hospitalar e resposta a eventos nucleares, radiológicos, biológicos e químicos. A disponibilidade para enviar estes operacionais surgem em resposta a um pedido de assistência internacional das autoridades libanesas ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A mobilização da Força Operacional Conjunta Nacional depende ainda, no entanto, da aceitação formal das autoridades libanesas, acrescenta o MAI. Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4.000 feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha. Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud. O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou hoje uma mensagem ao seu homólogo libanês, Michel Aoun, expressando “condolências aos familiares das vítimas mortais e desejos de rápidas melhoras a todos os feridos, bem como a sua solidariedade a todo o povo libanês”. Também o Governo português expressou solidariedade com o Líbano e o seu povo, adiantando que participará no plano de apoio da União Europeia. As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa. O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.