Compromisso 2030: Polo descentralizado de Formação Turística e Roteiro Gastronómico foram ideias defendidas para o Porto Moniz

Depois da auscultação desenvolvida em Machico, no que ao futuro do turismo regional respeita, foi a vez do “Compromisso 2030” chegar ao concelho do Porto Moniz, através de uma reunião de trabalho, que, conforme destaca o coordenador para esta área, Roland Bachmeier, evidenciou algumas oportunidades às quais é fundamental atender “se queremos efetivamente apostar na maior atratividade turística deste concelho”. A estas junta-se ainda a identificação de algumas fragilidades que estão por resolver, designadamente relacionadas com a falta de mão-de-obra e com a necessidade de mais formação para os profissionais que trabalham no setor, e que também importa ter em conta. Relativamente à formação, vincou o responsável, “chegou-se a sugerir neste encontro que houvesse um Polo de Formação Turística, aqui no concelho, descentralizado do Funchal, capaz de corresponder às necessidades que são sentidas pelo pessoal ao serviço, mas, também, capaz de atrair mais profissionais para esta área, havendo comprovada falta de mão-de-obra naquela que é a oferta atual”. Paralelamente, prosseguiu, e a par da atenção e do cuidado que devem ser prioridade relativamente às infraestruturas públicas existentes no concelho, de modo a garantir a imagem de qualidade a quem nos visita - também é importante que tenhamos a capacidade de reajustar algumas dessas estruturas a outras valências. “É o caso, por exemplo, do Museu de Ciência Viva, que devia ser transformado numa verdadeira montra de experiências vivas daquilo que é a oferta do Porto Moniz”, fundamentou Roland Bachmeier. A criação de um Roteiro Gastronómico que valorize a produção local e que promova, transversalmente, o concelho e cada uma das suas freguesias, mas, também, a maior valorização das potencialidades existentes, nesta zona e no respeitante ao turismo ativo e de natureza, foram outras das ideias deixadas neste encontro que juntou os agentes locais do setor. Isto, frisa por fim Roland Bachmeier, “por forma a que a oferta existente, que tem muito potencial, permita não só aumentar a estadia dos turistas no Porto Moniz como, também, apresente uma oferta diferenciada e integrada que vá para além da natureza para recair na gastronomia, na cultura, nas tradições locais, nas levadas e em muitos outros atributos que precisam de ser mais valorizados, de forma integrada e articulada”.