Menezes pede substituição de vereadora em teletrabalho no Porto Santo

O autarca socialista diz que o regime de trabalho à distância não se aplica a detentores de cargos políticos. Está para durar a polémica à volta da ausência da vereadora Sofia Santos da Câmara Municipal do Porto Santo. A autarca que passou do PS para o PSD tem estado ausente da Câmara devido a situações que se prendem com alegada violência doméstica de que é vítima e que a obrigam a estar fora da autarquia. As faltas seguidas foram denunciadas ao JM no final da semana passada pelo ex-presidente e atual vereador do PS na Câmara do Porto Santo. Menezes de Oliveira recusou entrar em questões particulares, mas diz que não entende o trabalho de um vereador se não executado de forma presencial. E pediu explicações ao presidente da Câmara. Já ontem, Idalino Vasconcelos respondeu ao desafio. Deu conta do que se passa, e é público, com a vereadora e explicou que a mesma está em teletrabalho em articulação com os serviços e o executivo municipal. Não satisfeito com a resposta, Menezes volta hoje ao assunto. Em declarações ao JM, acusa Idalino Vasconcelos de expor a vida pessoal da vereadora e reafirma que a questão que o preocupa é institucional e não pessoal. O problema, reitera, é o normal funcionamento da Câmara num tempo conturbado devido à pandemia. Menezes de Oliveira garante ainda que aos detentores de cargos políticos não se aplica o regime de teletrabalho, que ser político não é uma carreira profissional. Embora dizendo respeitar as condições em que Sofia Santos está envolvida, o autarca recorda que primeiro estão os interesses do Porto Santo. Por não encontrar enquadramento legal que permita tamanha ausência de uma vereadora a tempo inteiro, com vários pelouros importantes, Menezes de Oliveira pede a Idalino Vasconcelos que proceda a “imediata substituição da senhora vereadora”.