‘Monstro de Raval’: suspeito de violar e agredir portuguesa em Barcelona já era conhecido das autoridades
Uma mulher portuguesa foi brutalmente agredida e violada e violada na madrugada da passada sexta-feira, no bairro de Raval, uma das zonas mais emblemáticas e turísticas de Barcelona. A vítima, de 37 anos, foi encontrada em choque, sem conseguir sequer falar. O agressor arrancara-lhe uma orelha à dentada, rasgou-lhe os lábios, partiu-lhe um braço e o maxilar, e deixou-lhe o corpo coberto de hematomas. O suspeito foi, entretanto, detido pela polícia, mas de acordo com a imprensa espanhola, as autoridades catalãs já estavam a par do perigo que o homem de nacionalidade francesa e ascendência marroquina representava. Apelidado de ‘Montro de Raval’, o homem de aproximadamente 30 anos foi detido no sábado, depois de ter sido abordado pela polícia. Sem identificação, trazia apenas as suas roupas manchadas de sangue. Do casaco faltava um botão, que foi encontrado no local do crime. Contudo, o suspeito conhecido por vários nomes, como Omar ou Pascal, já era conhecido das autoridades, e contra ele eram apresentadas queixas com frequência. Há semanas que o homem insultava e perseguia moradores, antes de incendiar pneus, afetando um edifício. No dia seguinte, voltou a queimar pneus e meteu um colchão de espuma por um buraco para aumentar o fogo. A polícia foi chamada e o homem foi detido, mas saiu pouco depois em liberdade. "Há uns dias denunciamos que este homem, que necessitava de ajuda social e sanitária urgente, estava a causar problemas violentos em Raval. Comunicou-se ao ayuntamento [câmara]. Nada", escreveu uma moradora, Núria González López, no Twitter. "É o mesmo homem que foi detido como presumível autor da violação de Drassanes", acrescentou. Hace unos días denunciamos k este hombre necesitado urgente de atención sanitaria y social estaba causando problemas violentos en el #Raval @IllaRPR. Se comunicó a @bcn_ajuntament. Nada. Es el mismo hombre k ha sido detenido como presunto autor de la #violación de Drassanes. https://t.co/mSskgutz6S — Núria González López (@nurygglez) 21 de abril de 2019 “Chamámos a Guarda Urbana e dissemos que este senhor não estava bem da cabeça, que tinha de estar detido, mas ninguém fez caso”, explicou Iván Rivera, presidente da Associação de Moradores de Raval, em declarações ao El Español. O responsável lamentou ainda que “não se tenha feito nada antes”, pois “se se tivesse feito algo, isto [violação da mulher portuguesa] podia ter sido evitado”.