PCP considera que aumento das taxas de juro "empurram os madeirenses para a pobreza"
O PCP realizou ontem uma acção de contacto com a população no centro do Funchal para abordar o" flagelo de milhares de famílias madeirenses que estão confrontadas com o aumento das taxas de juros no crédito à habitação" e para denunciar "o 'flop' que representa as políticas do Governo Regional no que diz respeito à habitação". Leia a nota de imprensa do PCP-Madeira: "No decurso da acção política o deputado Ricardo Lume proferiu a seguinte declaração. «A atual situação da Região está marcada pela acelerada degradação das condições de vida. No centro das preocupações das famílias está, entre outros, o problema da habitação e, em particular, o significativo aumento das taxas de juro e das prestações do crédito à habitação e a perspetiva da continuação destes aumentos. A manter-se o aumento das taxas de juro (designadamente da Euribor), milhares de famílias podem vir a ser colocadas, a breve prazo, numa situação em que não conseguem suportar o pagamento das prestações do crédito bancário, ficando ameaçadas de perder a sua habitação. Perante este problema, são necessárias medidas urgentes que deem às famílias segurança quanto à possibilidade de manterem a sua habitação e que contribuam para evitar situações de empobrecimento e incumprimento generalizado que teriam profundas consequências negativas no plano social. As recentes declarações do Presidente do Governo Regional a afirmar que o aumento das taxas de juros é importante pois pode potenciar a redução da inflação, demonstra que o Governo Regional não está minimamente preocupado com as milhares de famílias que para assegurar o seu direito à habitação tiveram de se endividar junto da Banca e estão a ser confrontados com aumentos da prestação de crédito entre os 100€ e os 200€. O programa REEQUILIBRAR, que tem como objectivo apoiar as famílias no pagamento da sua prestação do crédito à habitação quando a taxa de esforço é superior a 30%, não passa de um verdadeiro flop, pois mesmo as famílias que se encontram com uma taxa de esforço superior a 30% deparam-se com processos burocráticos e prazos de entrega de candidatura ao programa apertados, que deixam muitas pessoas que precisavam de apoio desprotegidas . A Região precisa de uma verdadeira política habitacional que garanta o direito à habitação e não o transforme num negócio, as casas devem de servir para as pessoas viver."