2023-02-07 14:46:00 Jornal de Madeira

PCP considera que aumento das taxas de juro "empurram os madeirenses para a pobreza"

O PCP realizou ontem uma acção de contacto com a população no centro do Funchal para abordar o" flagelo de milhares de famílias madeirenses que estão confrontadas com o aumento das taxas de juros no crédito à habitação" e para denunciar "o 'flop' que representa as políticas do Governo Regional no que diz respeito à habitação". Leia a nota de imprensa do PCP-Madeira: "No decurso da acção política o deputado Ricardo Lume proferiu a seguinte declaração.   «A atual situação da Região está marcada pela acelerada degradação das condições de vida.   No centro das preocupações das famílias está, entre outros, o problema da habitação e, em particular, o significativo aumento das taxas de juro e das prestações do crédito à habitação e a perspetiva da continuação destes aumentos.   A manter-se o aumento das taxas de juro (designadamente da Euribor), milhares de famílias podem vir a ser colocadas, a breve prazo, numa situação em que não conseguem suportar o pagamento das prestações do crédito bancário, ficando ameaçadas de perder a sua habitação.   Perante este problema, são necessárias medidas urgentes que deem às famílias segurança quanto à possibilidade de manterem a sua habitação e que contribuam para evitar situações de empobrecimento e incumprimento generalizado que teriam profundas consequências negativas no plano social.   As recentes declarações do Presidente do Governo Regional a afirmar que o aumento das taxas de juros  é importante pois  pode potenciar a redução da inflação, demonstra que o Governo Regional não está minimamente preocupado com as milhares de famílias que para assegurar o seu direito à habitação tiveram de se endividar junto da Banca e estão a ser confrontados com aumentos da prestação de crédito entre os 100€ e os 200€.   O programa REEQUILIBRAR, que tem como objectivo apoiar as famílias no pagamento da sua prestação do crédito à habitação  quando a taxa de esforço é superior a 30%, não passa de um verdadeiro flop, pois mesmo as famílias que se encontram com uma taxa de esforço superior a 30% deparam-se com processos burocráticos e prazos  de entrega de candidatura ao programa apertados, que deixam muitas pessoas que precisavam de apoio desprotegidas .   A Região precisa de uma verdadeira política habitacional que garanta o direito à habitação e não o transforme num negócio, as casas devem de servir para as pessoas viver."

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