2022-10-28 16:24:00 Jornal de Madeira

Potência instalada na RAM permite produzir mais de 70% de energia renovável

O dia de hoje mostra que a potência instalada na Madeira em centrais hidroelétricas, solares e eólicas permite produzir mais de 70% de energia elétrica a partir de fontes renováveis. “Hoje, com o início das chuvas e com boa velocidade de vento no Paul da Serra, e apesar de a produção fotovoltaica ser praticamente zero, a Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) está a produzir acima dos 60% de energia verde, sem os equivalentes custos de combustíveis fósseis, poluição e emissão de CO2, tendo chegado em algumas horas a rondar os 70%”, explica o presidente do conselho de administração da EEM, Francisco Taboada. “Com este cenário, demonstra-se, assim, que a capacidade de produção instalada existe e que as diretrizes definidas pelo Governo Regional e implementadas pela EEM estão a dar resultado”, acrescenta. Com a colocação no terreno dos projetos abrangidos pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelo plano de investimentos próprio da EEM, estão a ser criadas condições para que, em alguns dias, a partir de 2025, quando existam condições atmosféricas e recursos naturais suficientes, a rede elétrica da Madeira possa ser operada com 0% de produção térmica e 100% de produção de energia renovável. “Naturalmente que, em muitos meses do ano, a água e o vento são menos abundantes, o que faz com que a média anual seja mais baixa”, refere o responsável, salientando que, “em 2021, a produção renovável atingiu 33%”. Francisco Taboada acrescenta ainda que “o ano hidrológico de 2022 não tem sido muito bom para a produção hidroelétrica, encontrando-se a barragem do Pico da Urze/Calheta III apenas com 30% da sua capacidade total, o que condicionará a média final em 2022, mas que ficará seguramente acima do valor de 33% de 2021, dependendo muito da quantidade de precipitação até ao final do ano”. Recorde-se que a EEM iniciou já as obras de remodelação da Central Hidroelétrica da Serra de Água, que permitirão duplicar a potência instalada, acontecendo brevemente o mesmo com a Central da Calheta I. Estes investimentos e o reforço de vários aerogeradores na Madeira e no Porto Santo permitirão à Madeira, cada vez mais, caminhar no sentido da independência e da sustentabilidade energética, preservando o ambiente e utilizando os seus recursos naturais renováveis.

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