Smart Cities: Madeira "pode ser um farol" num novo modelo de sustentabilidade
As cidades inteligentes e sustentáveis estão no centro da temática do terceiro debate da conferência ‘Tecnologia: a próxima geração’, promovida, esta quinta-feira, pela Altice e pelo JM. O lançamento deste painel ficou a cargo de Miguel Castro Neto, professor auxiliar e subdiretor da NOVA Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa, onde criou e lidera o NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, dedicado às matérias de cidades inteligentes e analítica urbana. O antigo secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza abordou a questão que se coloca no decorrer do processo: ‘Como evoluir para uma cidade sustentável e Smart?’. "A ideia é que as cidades funcionem, sejam sustentáveis, mas que sejam sítios para as pessoas viverem", resumiu Miguel Castro Neto, explicando que, atualmente, muitas cidades e municípios "estão já numa fase secundária" deste processo evolutivo. Utilizando, por exemplo, sistemas que permitam monitorizar a gestão dos espaços verdes, da recolha de resíduos, entre outos. Para continuar essa evolução, todavia, é necessário "olhar para a cidade como uma plataforma, onde tudo está ligado, com os sistemas verticais ligados às pessoas", o que vai impactar a forma como são geridos e planeados os territórios. Para Miguel Castro Neto, essa terceira fase permite que o cidadão comece a ter "mais informação, mais serviços, mais conveniência", e deu o exemplo do 'empurrão' dado pela pandemia às empresas: "Se achávamos que tínhamos de estar próximos dos clientes e fornecedores, depois da covid, percebemos que afinal podemos fazer tudo à distância." "Sistema das cidades inteligentes e sustentáveis está apenas no início", disse, defendendo que "a Madeira pode ser um farol" neste modelo de sustentabilidade, devido às suas dimensões e capacidade para implementação.