Juros da dívida continuam a subir para novos máximos desde primavera de 2020
Os juros da dívida portuguesa continuavam hoje ao princípio da tarde a subir a dois, a cinco e a 10 anos para máximos desde a primavera de 2020, alinhados com os de Espanha, Grécia, Irlanda e Itália. Cerca das 13:45 em Lisboa, os juros a 10 anos avançavam para 1,029%, um máximo desde abril de 2020, contra 0,963% na sexta-feira. Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020. No mesmo sentido, os juros a cinco anos subiam, para 0,356%, um máximo desde maio de 2020, contra 0,260% na sexta-feira, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020. Os juros a dois anos também avançavam, para -0,153%, um máximo desde junho de 2020, contra -0,220% na sexta-feira e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021. Os juros das dívidas soberanas europeias começaram a subir mais significativamente depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter admitido em 03 de fevereiro uma subida das taxas de juro diretoras do banco central da zona euro já este ano, para combater o aumento da inflação. Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga 'flash' da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro. Também na quinta-feira, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu, pela segunda vez em dois meses, a taxa de juro diretora de 0,25% para 0,5%.