Juiz rejeita processos da Comissão Federal de Comércio contra o Facebook
Um juiz federal rejeitou segunda-feira os processos movidos contra o Facebook pela Comissão Federal de Comércio e uma coligação de procuradores-gerais de Estado, desferindo um golpe significativo nas tentativas dos reguladores de controlar os gigantes da tecnologia. O juiz James Boasberg decidiu que os processos eram “legalmente insuficientes” e não forneciam provas suficientes de que o Facebook é um monopólio. A decisão rejeita a reclamação, mas não o caso, o que significa que a Comissão Federal de Comércio pode apresentar uma nova reclamação. “Estas alegações – que nem sequer fornecem um valor real estimado ou intervalo para a fatia de mercado do Facebook nos últimos 10 anos – acabam por ficar aquém de estabelecer de forma plausível que o Facebook detém poder de mercado”, disse o juiz O Governo dos EUA e 48 Estados e distritos processaram o Facebook, em dezembro de 2020, acusando o gigante tecnológico de abusar do seu poder de mercado nas redes sociais para esmagar concorrentes de menor dimensão, procurando soluções que poderiam incluir um desmantelamento forçado da rede social Instagram e do serviço de mensagens WhatsApp. A Comissão Federal de Comércio alegou que o Facebook estava envolvido numa “estratégia sistemática” para eliminar a concorrência, que incluía a compra de rivais menores como o Instagram, em 2012, e o WhatsApp, em 2014. A procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, disse na abertura do processo que o Facebook “usou o seu poder de monopólio para esmagar rivais menores e eliminar concorrência, tudo às custas dos utilizadores comuns”. O juiz rejeitou também a reclamação separada feita pelos procuradores-gerais de Estado.