Madeira com a maior descida da taxa de desemprego
A taxa de desemprego fixou-se na Região nos 9,6% no primeiro trimestre de 2021, tendo diminuído 1,6 pontos percentuais face ao quarto trimestre do ano passado. Ainda assim, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a Madeira foi depois do Algarve (10,2%), a região do País com a taxa de desemprego mais elevada. Seguiu-se o norte (7,4%) e o Alentejo (7,1%). Entre as regiões com a taxa de desemprego mais baixa estão Lisboa (6,9%), os Açores (6,8%) e Centro (6,2%). A quebra face ao final do ano passado pode já refletir os efeitos da retoma turística. Em termos homólogos (o global do ano passado), a Madeira mantém-se, contudo, entre as regiões com maior aumento da taxa de desemprego. “Em termos homólogos, a taxa de desemprego aumentou em quatro das sete regiões NUTS II. Os dois maiores acréscimos verificaram-se na Região Autónoma da Madeira (3,7 p.p.) e no Algarve (2,6 p.p.)”, diz o INE. No todo do País, a população empregada (4 681,6 mil pessoas) diminuiu 1,0% (49,0 mil) por comparação com o trimestre anterior e 1,3% (62,6 mil) em relação ao homólogo. A subutilização do trabalho abrangeu 746,4 mil pessoas, mantendo-se praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior e aumentando 7,8% (54,3 mil) relativamente ao período homólogo. Já a correspondente taxa de subutilização do trabalho, estimada em 14,1%, aumentou tanto em relação ao trimestre anterior (0,1 p.p.) como ao homólogo (1,0 p.p.). Desemprego jovem aumenta No 1.º trimestre de 2021, do total de 2.103,1 mil jovens dos 16 aos 34 anos, 12,4% (261,8 mil) não estavam empregados, nem a estudar ou em formação, revela o Instituto Nacional de Estatística. A taxa de jovens portugueses não empregados que não estavam em educação ou formação aumentou 1,5 p.p. tanto em relação ao trimestre anterior (33,4 mil) como ao homólogo (32,7 mil). Para a evolução homóloga da população desempregada contribuíram, principalmente, de acordo com o INE, os seguintes grupos populacionais: desemprego de homens, que aumentou 8,7%, desemprego de pessoas dos 25 aos 34 anos, com um aumento de 20,7%, população desempregada com ensino superior cujo acréscimo foi de 34,1%, desempregados à procura de novo emprego, que subiu 3,2% e explicou 83,3% do aumento global do desemprego. A esta lista, acrescem ainda os desempregados há menos de 12 meses cujo número aumentou 9,6%.