Madeira repudia eventual aumento de taxas aeroportuárias
Na reação à posição da Ryanair, o Secretário regional do Turismo e Cultura, que tutela os transportes aéreos, pede que haja uma forte dose de sensibilidade entre todos os envolvidos. Eduardo Jesus já reagiu, na tarde desta quarta-feira, à ameaça da companhia aérea ‘low-cost’ Ryanair em fechar a base na Madeira, face às anunciadas tentativas a ANA – Aeroportos de Portugal, operada pela francesa Vinci, “de aumentar as taxas de forma excessiva e injustificada em todo o país, incluindo Lisboa (+18%), Porto (+13%), Faro (+12%), Açores (+8%) e Madeira (+9%)”, e alertou que isso terá “um impacto muito negativo na conectividade, no turismo e no emprego em Portugal, nomeadamente nas economias insulares”. O secretário regional que tutela o Turismo comunga da leitura da companhia, no sentido de que este não é o momento certo para elevar custos e, nesse sentido, a apela à sensibilização dos Ministério das Infraestruturas e da própria ANAC. “É uma circunstância que vai decorrer de uma decisão do regulador, que é a ANAC, a quem nós já sensibilizamos para este mesmo risco que dá a notícia e a quem nós apelamos que este processo seja visto de uma forma muito objetiva, mas, simultaneamente, atendendo às especificidades de toda esta evolução”, conforme referenciou. Eduardo Jesus releva que “Queremos, naturalmente, que a companhia continue a operar para a Madeira e que encontre na Madeira todas as condições necessárias para essa operação. Reconhecemos a importância desta operação e o que nos fez crescer em tão pouco tempo dinâmica que permitiu aqui no mercado e a impulsão económica que nos veio trazer e, reconhecendo esse contributo, naturalmente que queremos criar todas as condições para que seja possível cá permanecer e operar de forma continuada e sem estes sobressaltos”. E, perante esta situação em concreto, “estamos no terreno, em contactos com a própria companhia, com a concessionária, com o Turismo de Portugal… também já manifestamos a nossa posição junto do senhor ministro das Infraestruturas, que tem a tutela da ANAC e também junto da ANAC. Portanto, a Madeira deixou bem claro qual era a sua posição relativamente a este processo”.