2022-12-03 12:35:00 Jornal de Madeira

JPP propõe 42 cêntimos por cada quilo de cana-de-açúcar

O JPP propôs, hoje, alterar para 42 cêntimos o preço por cada quilo de cana-de-açúcar. A proposta foi apresenta por referiu Rafael Nunes, porta-voz da iniciativa que decorreu, esta manhã, no centro do Porto da Cruz, onde o partido esteve em contacto com vários produtores de cana sacarina e onde afirma se ter deparado “com um cenário muito complicado para estes agricultores”. “O JPP ouviu os apelos e as preocupações destes produtores e, de facto, é lamentável a falta de apoio do Governo Regional a este setor”, salientou o também vice-presidente do grupo parlamentar, que mais lembrou que a inflação “veio prejudicar a produção da cana-de-açúcar” com aumentos “que duplicaram nos valores dos adubos e dos remédios agrícolas, por exemplo”. Perante custos de produção “acima da média, a situação está muito complicada para produzir este produto que tão bem representa a Região Autónoma da Madeira”, frisou Rafael Nunes. Neste momento, continuou, os produtores de cana sacarina recebem 30 cêntimos por cada quilograma de cana entregue nos engenhos, “sendo 17 cêntimos de origem comunitária e os restantes 13 cêntimos, pagos pelos engenhos”. Para o parlamentar, é vergonhoso que “do Governo Regional, nem 1 cêntimo venha para ajudar estes produtores, principalmente na atual conjuntura”. Assim, no entender do JPP é claro que, mais uma vez, “os agricultores estão a ser escravizados”, preocupando-se o Governo Regional, apenas “em atuar como regulador desta atividade, sem dar qualquer tipo de apoio a este setor”, situação que Rafael Nunes refere ser “extremamente preocupante”. “E neste momento nós entendemos que isto tem de ser invertido. E tem de ser invertido já, no orçamento para 2023”, salientou o deputado. Neste sentido, o JPP “irá propor uma alteração ao orçamento da Região Autónoma da Madeira para que se pague 42 cêntimos ao produtor de cana sacarina”, alterações que serão discutidas já daqui a duas semanas, no Parlamento Regional. Para o vice-presidente do grupo parlamentar é “urgente que se melhore a economia familiar agrícola destes milhares de produtores que vivem desta atividade e que, para além disso, tentam garantir esta paisagem natural da nossa Região”, concluiu.

Pesquisa

Partilhe

Email Netmadeira