2021-05-12 20:52:00 Jornal de Madeira

Sara Cerdas deu a conhecer aos agricultores a Estratégia do Prado ao Prato

A eurodeputada Sara Cerdas deu a conhecer hoje aos agricultores, na Ponta do Sol, a Estratégia do Prado ao Prato, integrada no Pacto Ecológico Europeu. A deputada madeirense, eleita pelo PS, disse haver da parte do Governo Regional pouca divulgação sobre os objetivos da referida estratégia, nomeadamente o combate às alterações climáticas e a ambição da UE em termos de neutralidade carbónica. Sobre o impacto que esta nova estratégia poderá trazer ao quotidiano dos agricultores, Sara Cerdas garante que o trabalho no Parlamento Europeu tem sido o de "salvaguardar os aspectos sociais e económicos", no sentido de os apoiar. A deputada socialista participou esta quarta-feira na 7.ª Edição do Roteiro Geração Madeira, sob o tema 'Agricultura - agir local, pensar global', que contou também com a presença de Paulo Cafôfo, presidente do PS Madeira, Olavo Câmara, deputado à Assembleia da República e Célia Pessegueiro, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol. O Roteiro Geração Madeira é uma iniciativa de Sara Cerdas destinada a ouvir as preocupações e receber no terreno os contributos da população madeirense e aprofundar um trabalho de proximidade entre as instituições europeias e a RAM. No espaço aberto às questões do público, agricultores deram a conhecer as principais dificuldades que sentem, entre elas a importância a inexistência de produção de açúcar na Madeira quando a matéria prima existe (evitando o ciclo normal da economia circular), os problemas que persistem no acesso à água de rega, devido à gestão deficitária e à falta de manutenção das infraestruturas, responsabilidades imputadas ao Governo Regional.  Olavo Câmara, que na Assembleia da República tem a pasta da agricultura, apontou os desafios entre o Governo da República e o Regional, bem como a importância que o setor primário representa para o desenvolvimento da Madeira. O deputado disse que tem lutado por "garantir atenção às especificidades das RUP" e apontou o dedo ao Governo Regional pelo facto de não ter marcado presença nas reuniões preparatórias sobre a PAC (Política Agrícola Comum), apesar de ter sido convocado. Uma oportunidade perdida que demonstra falta de solidariedade, diz Olavo, para "garantir que as nossas especificidades estavam consagradas no plano da PAC". Célia Pessegueiro reforçou que "74% do valor pago médio pela banana vem da UE" e que o Governo Regional "fala como se desse alguma coisa aos agricultores". A autarca defendeu as requalificações que têm sido feitas pelo seu executivo em veredas e acessos, assim como as requalificações previstas em poços comunitários e destacou a desigualdades entre os Municípios e o Governo e empresas públicas (como a ARM) no acesso aos fundos da UE, dado que competem entre si.

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