2020-11-23 18:26:00 Jornal de Madeira

Ex-candidato do PS à Câmara de São Vicente critica Cafôfo e Iglésias

O antigo líder do PS-São Vicente Ricardo Catanho critica o presidente do PS Madeira e o líder do grupo parlamentar socialista, Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias, respetivamente, por ter sido bloqueado pelos dois no Facebook. Ricardo Catanho, que anunciou a sua desfiliação do PS em julho passado por não ser “cafofiano”, publicou esta tarde um ‘post’ na mesma rede social a dizer ter sido bloqueado pelos dois por uma “crítica” que lhes terá dirigido. “Apercebi-me que fui bloqueado pelo Miguel Iglésias, líder da bancada parlamentar do PS, porque na partilha de uma das suas crónicas no DN sobre a construção do novo Hospital Central da Madeira ele falava e bem da existência de cartéis afirmando que ‘... está prestes a tornar-se um dos maiores escândalos financeiros da história recente...’. No meu comentário disse que o PS está no bom caminho no controle destes possíveis cartéis normalmente mafiosos e que o PS deveria ter a mesma atitude no escandaloso monopólio dos Portos da Madeira pelo grupo Sousa. Fui bloqueado... (talvez deveria ter-lhe acrescentado que era o elemento do PS-M mais habilitado para dissertar sobre cartéis)”, comentou. Depois acrescentou: “este fim-de-semana fui também bloqueado por Paulo Cafôfo, presidente do PS-M por discordar com uma publicação sobre o horrendo assassinato a sangue frio num bar do Funchal, onde ele em menos de 12h após o trágico acontecimento, afirma que se já estivessem instaladas as câmaras de vídeo vigilância no Funchal, como já propôs o atual executivo da CMF e que tinha ele razão quando propôs a criação de uma Polícia Municipal sempre chumbada pelo PSD, dando a entender que se fosse como ele tinha dito o crime não aconteceria... Comentei dizendo que ‘era lamentável e que não deveria valer tudo em política...’”. Para Ricardo Catanho, que em 2017 concorreu pelo PS à Câmara Municipal de São Vicente perdendo para José António Garcês, os casos que reportou não eram motivo para ser bloqueado. “Acho que não era caso para ser bloqueado em ambos os casos, não foi ataque pessoal, apenas discordância política, sei que verdadeiros políticos são espécie cada vez mais rara nos nossos tempos, para esta estirpe de novos políticos o que conta são os likes e o "lambe-botismo", até o Chega é mais democrático que estes dois, tenham feito vários comentários depreciativos e críticas duras na página desse partido e a alguns militantes e nunca fui bloqueado”, comentou. A terminar o texto, o ex-candidato à Camara de São Vicente diz que como agora não pode acompanhar a atividade política “dessas duas figuras maiores do PS-M, quem ver publicações relevantes” que lhe enviem, uma vez que foi “privado de ver todas as partes para poder formar a minha opinião”.

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