Funchal ambiciona ser o centro da cultura europeia

O presidente Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, marcou presença, esta tarde, no Teatro Municipal Baltazar Dias, para a inauguração da exposição 'Blue Light', de Silvestre Pestana. Este é o primeiro evento promovido pela autarquia funchalense inserido na programação da candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura em 2027 e estará aberta ao público de 24 de novembro de 2020 a 20 de fevereiro de 2021. A exposição é produzida pela Câmara Municipal do Funchal e pela ArtWorks. Miguel Silva Gouveia, acompanhado pela vereadora com o pelouro da Cultura, Madalena Nunes, começou por cumprimentar todos os presentes e referiu que “o Silvestre é um dos artistas que nos podemos orgulhar e é para nós um enorme gosto vê-lo regressar à terra que o viu nascer e poder contar com o seu trabalho aqui na nossa cidade. Esta é a primeira exposição individual de um artista de renome, internacionalmente premiado, e que nos dá a grande honra de associar-se ao Funchal na nossa candidatura a Capital Europeia”. O autarca agradeceu ao coordenador da exposição, Hélder Folgado, “pela visão desta manifestação cultural que é a primeira de uma série de etapas que nos conduzirá à Europa”, e também ao músico Pedro Pestana “pela musicalidade que trouxe às artes plásticas”, destacando que esta exposição  “em nada ficaria a dever se estivesse em Nova Iorque, Paris, ou em Londres, mas para nós está na melhor cidade do mundo, está no Funchal”. “Fomos nós na Madeira que abrimos a porta da Europa ao mundo. A cultura e o multiculturalismo que hoje se conhece, e do qual a Europa é exponente máximo ao nível mundial, passou invariavelmente pela Madeira. Foi o Funchal que ajudou a dar novos caminhos à Europa e está na altura de mostrar ao mundo o talento que o Funchal tem e tudo o que podemos oferecer, demonstrando a todos o que aqui vivem que existe uma possibilidade de a partir daqui voltarmos a conquistar aquilo que queremos voltar a ser, a Capital Europeia da Cultura”,  rematou o edil. Miguel Silva Gouveia salientou o papel da cultura em tempos de crise “nas alturas onde muitas vezes o mais fácil é deixar de fazer, deixar de manter a programação cultural, adiar os nossos projetos, é precisamente no meio cultural onde reside a esperança. É no meio artístico e na criatividade dos nossos talentos e dos nossos agentes culturais que podemos encontrar ajuda para nos adaptar e continuar a prosperar enquanto sociedade”. “O que estamos a fazer é a elevar a fasquia do Funchal e a levar para palco europeu o que de melhor se faz aqui na nossa cidade ao nível cultural. Com mais este perfil claramente internacional associado a este projeto, com as suas raízes no Funchal e a noção das necessidades e oportunidades locais, reafirmamos a força da candidatura Funchal 2027 e a ambição de uma cidade ultraperiférica como a nossa em estar no centro de todo um continente”, concluiu.