2020-09-22 20:51:00 Jornal de Madeira

Santa Cruz: Iluminação da fachada da Casa da Cultura alvo de duras críticas

"Saloia e agressiva". É assim que Danilo Matos classifica a iluminação da fachada da Casa da Cultura de Santa Cruz, cuja obra de reabilitação, recentemente inaugurada, lhe mereceu duras críticas desde o início. Na rubrica 'Uma questão de cidadania', a que já habituou muitos dos seguidores do seu perfil do Facebook, o engenheiro civil não se poupa nas críticas ao presidente da autarquia ao sugerir uma lápide a dizer que foram “mandadas colocar por um vilão que queria ficar na história”. "Ele, o ainda presidente, mandou colocar e não ouviu ninguém. A Casa da Cultura de Santa Cruz tem excelentes colaboradores, que têm feito um trabalho louvável, e não merecia ser tratada desta maneira. Disseram-me, e eu acredito pelo respeito que também tenho pelo seu trabalho, que a própria vereadora da cultura foi apanhada de surpresa", sustenta. Segundo Danilo Matos, que diz conhecer a quinta desde a infância, não teve em atenção os "elementos históricos em cantaria que estão à vista, encastrados nas duas fachadas, viradas à estrada, e que são bem característicos da época", referindo aos chamados ‘cachorros’ onde, antigamente, faziam assentar as madeiras dos alpendres, como era o caso. "Há várias maneiras discretas de iluminar edifícios de qualidade histórica e patrimonial sem ser assim daquela maneira saloia e agressiva. Esta deve ter sido feita a pensar na festa do Santo Amaro que ainda vem longe", acrescenta ironizando. Danilo Matos sublinha que este é um belo exemplar da arquitectura civil da época [Séc. XIX] e diz que nunca percebeu por que razão "a Câmara nunca pediu a sua classificação". O longo texto, organizado em sete pontos, comporta também duras críticas à calçada de calhau madeirense devido à dimensão das pedras usadas e ao desenho do pavimento. "Se eu mandasse, 'mandava' arrancar aquela calçada horrorosa, reunia as pessoas que sabem, e fazia uma QUINTA PARA TODOS, para ser usada e estimada por todas as gerações, um lugar digno de Santa Cruz e da nossa história", conclui assim o extenso desabafo. Na caixa de comentários da publicação são várias as pessoas que corroboram a opinião de Danilo Matos no sentido de que o tipo de iluminação não se coaduna com o estilo e a nobreza do edifício.

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