2023-01-31 18:35:00 Jornal de Madeira

Erdogan vai ser proposto para Nobel da Paz

A Organização dos Estados Turcos vai propor o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para o prémio Nobel da Paz pelos esforços de mediação no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, anunciou hoje o chefe da diplomacia húngara.   Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, que falava em Budapeste numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo turco, Mevlut Çavusoglu, há uma iniciativa nesse sentido do Conselho de Sábios da Organização dos Estados Turcos (OET).   O chefe da diplomacia húngara sustentou que Erdogan é o “único líder” que, até agora, conseguiu obter uma “mediação com sucesso” na guerra da Ucrânia, aludindo ao facto de a Turquia ter mediado, em conjunto com as Nações Unidas, um pacto com Kiev e com Moscovo para o reinício das exportações de cereais a partir de portos ucranianos através do Mar Negro.   Para Szijjarto, a paz na Ucrânia só poderá ser alcançada através de negociações, algo que a mediação turca já demonstrou ser possível.   A Organização dos Estados Turcos foi criada em 2009 e é composta pela Turquia, Azerbaijão, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão.   A Hungria é membro observador da organização desde 2018, o mesmo estatuto que a República Turca do Norte de Chipre detém desde 2022.   A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).   Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.   A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.   A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.  

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