2020-09-26 17:02:00 Jornal de Madeira

Covid-19: Boris Johonson apela a líderes mundiais para se unirem contra "inimigo comum"

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou hoje que a pandemia do novo coronavírus rompeu com os laços entre as nações e apelou aos líderes mundiais para se unirem contra o “inimigo comum”, a covid-19. Johnson, que fez estas declarações num discurso pré-gravado na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), disse que nove meses após a pandemia, “a própria noção de comunidade internacional parece esfarrapada”. “Nunca mais devemos travar 193 campanhas separadas contra o mesmo inimigo", defendeu o governante. Johnson, que contraiu a covid-19 na primavera passada e passou três noites nos cuidados intensivos, pediu também aos países para partilharem os dados para criar um sistema global de alerta precoce para os surtos de doenças. Além disso, o primeiro-ministro britânico pediu aos países para pararem de impor controlos à exportação de bens essenciais, como muitos fizeram durante a pandemia. Johnson estabeleceu um plano para prevenir outra pandemia global, incluindo uma rede de laboratórios de investigação zoonótica (transmitida por animais ao ser humano) em todo o mundo para identificar os agentes patogénicos antes que eles passem dos animais para humanos. Boris Johnson comprometeu-se ainda com 500 milhões de libras (450 milhões de euros), através de um grupo de aquisição global de vacinas COVAX, para ajudar 92 dos países mais pobres do mundo a obterem uma vacina contra o novo coronavírus, caso venha a ser descoberta e esteja disponível. O primeiro-ministro anunciou igualmente que o Reino Unido vai aumentar em 30% o seu financiamento para a Organização Mundial da Saúde (OMS), isto é, para 340 milhões de libras nos próximos quatro anos. O governo britânico está agora a tentar contrariar a impressão de que o país está a retirar-se do cenário mundial ou a torna-se mais protecionista, após a sua saída da União Europeia. A data de 31 de janeiro deste ano marcou a saída oficial do Reino Unido da União Europeia e o início de um período de transição que se irá prolongar até ao final do ano, caso não venha a ser, entretanto, prolongado.

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