2020-07-14 09:11:00 Jornal de Madeira

Conheça a história do estudante grego que pedalou durante 48 dias para chegar a casa

Depois de ter visto três voos cancelados devido à pandemia de covid-19, o jovem estudante grego Kleon Papadimitriou, de 20 anos, ficou preso na Escócia, país onde estuda, sem hipótese de regressar a casa, em Atenas. Decidiu então fazer-se à estrada de bicicleta, iniciando uma longa jornada de regresso. O estudante demorou sete semanas para regressar a Atenas. Kleon foi dos últimos a marcar voo de regresso para a Grécia porque não queria perder aulas, no entanto e após comprar três ingressos diferentes, acabou por ficar “preso” em terras escocesas porque os três voos foram cancelados, refere o Observador. Inicialmente, a ideia de regressar de bicicleta era somente a “miragem de um sonho” mas Kleon depressa começou a comprar equipamento que lhe permitisse regressar e acabou por partilhar a ideia com os pais, que concordaram, na esperança de que fosse apenas uma ideia que seria facilmente esquecida, tendo o pai do jovem exigido que este instalasse uma aplicação para que os progenitores pudessem saber o seu paradeiro. No dia 10 de maio, com todo o equipamento à disposição, incluindo pão, manteiga de amendoim, sardinhas em lata, saco de cama, tenda e claro, bicicleta, Kleon iniciou a viagem. De acordo com a CNN, o jovem grego pedalava, todos os dias, entre 55 a 120 quilómetros, tendo atravessado países como Inglaterra, Holanda e Alemanha, a que se seguiu Áustria e Itália, onde conseguiu apanhar um barco para o porto grego de Patras, voltando novamente a pedalar até ao seu bairro em Atenas. Kleon passou as noites em descampados e florestas. Porém, durante o percurso, várias pessoas tomaram conhecimento da sua aventura e ofereceram-lhe comida, duche e dormida. No passado dia 27 de junho, Kleon finalmente chegou a casa.  "Só agora percebo o feito que isto foi”, afirmou o jovem e acrescenta, “aprendi várias coisas sobre mim mesmo, sobre os meus limites, as minhas forças e as minhas fraquezas. Espero que esta minha viagem tenha inspirado pelo menos uma pessoa a sair da sua zona de conforto e tentar algo novo, algo grande.”    

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