2023-12-02 12:00:00 Jornal de Madeira

OE 2024 elaborado para compensar menor dinâmica externa

No derradeiro dia do 48.º Congresso da APAVT, que baixa o pano ao início da tarde deste sábado, no Porto, abriu-se espaço para o debate acerca do Orçamento de Estado, que não se pretendia político, mas o madeirense Carlos Pereira (PS) e Leitão Amaro (PSD) acabarem por o politizar, com argumentações antagónicas. O deputado madeirense eleito pelo PS, disse que o Orçamento de Estado foi desenhado antes da crise. Tentou acautelar que aqui que se estava passando no plano internacional e com a política restritiva do BCE”, exaltou. Carlos Pereira aditou, então, que foi construído “para suprimir essas condicionantes”, foi elaborado “num aspeto central para comodar a tendência prevista para a redução daquilo que é a procura externa portuguesa, em compensação com aquilo que o mercado interno poderia repor”. A projeção, apontará, então, segundo o socialista, “haverá menos dinâmica externa a ser compensada de forma interna, com aumento de salários e redução de IRS”, entre outras medidas. De resto, no aumento de salários, disse ser transversal aos mínimos, médios e Função Pública A abordagem tem também em perspetiva “o reforço do investimento”, ou melhor, “criar condições de dinâmica de investimento privado” que segundo Carlos Pereira “tem sido extraordinário desde 2015, desde então cresceu 48% e sempre superior à média da União Europeia”, lembrando ainda a importância de capitalização de empresas “para poderem beneficiar de fundos europeus”. “Garantia de estabilidade no futuro, para garantir que há confiança para os atores económicos perceberam que o pais terá essa capacidade de atuar” foi outra das sustentações deixadas por Carlos Pereira. António Leitão Amaro tem uma distinta e, desde logo, disse que “não é um bom orçamento, mas felizmente que não vai demorar muito,”, deixando implícito que em caso de vitória do PSD, a 10 de março, uma das primeiras medidas deverá ser trabalhar num retificativo. “Felizmente o PS percebeu a importância de sermos um pais de boas contas, finalmente o fez”, frisando não o estar a dizer com ironia, mas associando essa sua afirmação a anteriores heranças que diz que o PSD recebeu no passado “Somos governados com um compromisso de gestão sustentada, mas de forma errada, porque, e não o estamos a fazer de forma saudável”, acusando a governação socialista de carregar nos impostos e depois “mais à frente, se houver uma folga, damos a um apoiozinho aqui, outro ali…” No seu entendimento, o exemplo do Alojamento local é crasso, quase falando em traição aos empresários do setor que foi importante no crescimento económico e agora o Governo decide taxar de forma extraordinária, lançando a instabilidade nesse mercado. “Castigamos o que trouxe qualidade e atiramos outra vez para o mercado paralelo”, acusou.

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