Lucros da ANA em 2022 atingiram os 910 milhões de euros e ultrapassaram valores pré-pandemia
A ANA - Aeroportos de Portugal obteve, em 2022, receitas na ordem dos 910 milhões de euros, atingindo o valor mais elevado desde que a Vinci comprou a empresa concessionária dos aeroportos portugueses, adianta o Jornal de Negócios, que cita as contas anuais apresentadas ontem pelo grupo francês. Este volume de receitas é mesmo superior ao que tinha sido registado em 2019, antes da pandemia, na ordem dos 898 milhões. As contas anuais mostram ainda que a ANA contribuiu com 34% para as receitas totais da Vinci, que atingiram 2.679 milhões de euros. Desde a privatização, escreve ainda o Jornal de Negócios, o grupo Vinci já obteve mais de 5,8 mil milhões de euros com a ANA. Estes dados surgem precisamente no mesmo dia em que o JM adianta que, 10 anos depois de integrar a gestão da ANA, o Aeroporto da Madeira protagoniza o segundo maior agravamento da RRMM (Receita Regulada Média Máxima), que define as taxas a cobrar às companhias aéreas, numa matéria que faz a manchete da edição desta sexta-feira do Jornal. Com efeito, ao fim de 10 anos sob a gestão da ANA, liderada pelos franceses da Vinci, o Aeroporto da Madeira reduziu apenas um cêntimo ao valor de referência que fixa as taxas aeroportuárias a cobrar às companhias aéreas, conforme realça hoje o JM. Um fator que condiciona a competitividade da Região, enquanto as receitas da ANA atingem novos máximos.