2021-11-14 19:24:00 Jornal de Madeira

Maria João Monte é a nova presidente do IDR

Nomeação surpreendente tem efeitos já a partir de hoje e surge depois de outras alterações que geraram reservas entre a equipa de Emília Alves, conforme deu conta o JM. Maria João Monte é assim a nova presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Desenvolvimento Regional, informou hoje o gabinete do secretário regional das Finanças. Maria João Monte, que era chefe de gabinete de Rogério Gouveia, vai agora suceder a Emília Alves. Com a nova presidente, entra também em funções Ricardo Manica, como vogal e continua Natércia Xavier, que fora nomeada vogal recentemente. O comunicado da Secretaria das Finanças é curto e incisivo. Em apenas seis pontos, fica não só explicada a "posição do Governo", como também fica apresentado o novo Conselho Diretivo. Tudo isso sem nunca se referir de forma direta aos dirigentes que agora cessam funções. A nota divulgada ao fim da tarde deste domingo começa por explicar que a "posição do Governo" surge "a propósito das notícias que têm vindo a público sobre as mudanças no Conselho Diretivo do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR)." Essas notícias foram publicadas nas edições de ontem e de hoje no JM. Primeiro demos conta da alterações na direção de um importante instituto que gere fundos europeus numa altura crucial para o aproveitamento dos mesmos. Depois, na edição de hoje, publicámos a posição de reserva da atual presidente. Emília Alves esperava que a decisão de afastar o vogal João Santos fosse revertida para não comprometer o bom desempenho do IDR. Afinal, em vez de manter João Santos, Rogério Gouveia opta por afastar também a própria Emília Alves.  O primeiro ponto do comunicado explica que "o Governo Regional não abdica de tomar as decisões estratégicas que a cada momento se mostrem mais adequadas para assegurar o regular e eficiente funcionamento dos serviços da Administração Pública Regional." No segundo ponto são recordados os fundos comunitários e os programas existentes neste momento, nomeadamente o REACT, o Plano de Recuperação e Resiliência, e o próximo Quadro Financeiro Plurianual. Todos eles constituem, diz o Governo, "uma oportunidade única de estímulo ao investimento e ao crescimento da economia, que não pode ser desperdiçada". E aqui surge a primeira farpa para os dirigentes que agora cessam funções: "A utilização de forma eficiente e dentro dos prazos estabelecidos dos fundos europeus não é compatível com atrasos e ineficiências."  Ainda em jeito de resposta, a Secretaria das Finanças lembra que não impõe decisões aos organismos que tutela, apenas "toma resoluções políticas e de gestão" tendo em vista o interesse coletivo.  Já no ponto quatro fica escrito que "assim, com efeitos já ao dia 15 de novembro, será nomeada a Dra. Maria João Monte para presidir ao Conselho Diretivo do IDR, a quem se juntará o Dr. Ricardo Manica para o cargo de vogal, mantendo-se em funções a Dra. Natércia Xavier, vogal que já se encontra a exercer essas funções. " Ou seja, num domingo à tarde, a Secretaria das Finanças nomeia uma nova direção para o Instituto de Desenvolvimento Regional que entra em funções já esta segunda-feira. Os dois pontos seguintes são para elogiar a nova equipa, que tem "provas dadas" e deixar uma advertência para que "também respeite as orientações da tutela".

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