2021-10-10 05:00:00 Jornal de Madeira

Todos os artigos têm uma segunda vida

Já não usa um qualquer artigo? Saiba que há múltiplas oportunidades para trocá-lo ou rentabilizá-lo por estes dias, utilizando, plataformas digitais que ganharam forte expressão durante a pandemia. Compras     O JM dá-lhe a conhecer o mercado de segunda mão na Região, o seu crescimento e quais as lojas que dispõem destes artigos. Quer online, quer em loja, saiba os cuidados a ter com as compras de segunda mão e dê uma segunda vida a qualquer artigo. Já não usa um qualquer artigo? Saiba que há múltiplas oportunidades para trocá-lo ou rentabilizá-lo por estes dias, utilizando, nomeadamente, plataformas digitais que ganharam forte expressão durante a pandemia. A crescente popularidade de sites como o ‘Facebook Marketplace’, ‘Custo Justo’, ‘OLX’, entre outros, tornaram os produtos em segunda mão uma tendência para os madeirenses, que começam a habituar-se a ver todo e qualquer artigo com a esperança de conferir-lhes uma segunda vida. A adesão aos mercados de segunda mão chegou mais tarde à Região, já existindo em força em Portugal continental e por todo globo. Os artigos usados chegam às casas dos madeirenses através de lojas online com todas as categorias de artigos. Apesar da pandemia, e de todos os cuidados inerentes à mesma, o mercado de segunda mão continua a crescer exponencialmente. Este fenómeno deve-se não só aos preços reduzidos a que são vendidos estes produtos, mas também à progressiva consciência ecológica dos consumidores que, mesmo querendo comprar as roupas da moda e os eletrónicos mais recentes, querem ter a opção de fazê-lo de forma sustentável. Depois do crescimento do mercado de segunda mão online na Região, a adesão já justifica a criação de lojas físicas para satisfazer a procura dos produtos e a necessidade de ver e tocar naquilo que se pretende comprar. Na Rua dos Ferreiros, por exemplo, encontra a loja ‘Estimei’, que abriu há quase quatro anos com o objetivo de juntar a vertente social com a ambiental. “É muito mais do que uma loja de segunda mão”, defende Maria João Freitas, dona do estabelecimento, em declarações ao JM. Este espaço, através de donativos, dispõe de uma grande seleção de artigos que cresce muito frequentemente. Além da venda ao público, a ‘Estimei’ trabalha com associações, famílias carenciadas e sem-abrigo, distribuindo os donativos por estas frentes. Inclui também um ateliê por onde passam algumas peças para serem reaproveitadas e posteriormente vendidas. A loja está dividida por categorias para facilitar a procura. Com quase 3000 livros, o espaço ‘estimei livros’ é dos mais populares, tanto pela variedade como pelos preços reduzidos. A loja dispõe também de secções para crianças, para a casa, um espaço vintage e ainda um espaço com as criações feitas no ateliê próprio. Um pouco mais acima fica a ‘Século Passado - Leilões e Antiguidades’, na rua das Mercês. Além de uma loja de antiguidades, dispõe do serviço de leilões que pode ser acompanhado online. Ricardo Fernandes assume que a abertura do espaço veio colmatar uma falta que se fazia notar cá na Região, no que toca aos leilões e antiguidades. A sua experiência na área faz com que reconheça o interesse deste mercado. “O que o torna apelativo é a procura pela peça especial, bem como a falta de dinheiro, que faz com que as pessoas venham aos leilões procurar a tal peça especial pelo melhor preço”, disse Ricardo Fernandes ao JM. Os artigos chegam à loja ou ao site através do contacto direto de quem quer vender, sendo os itens posteriormente vendidos ou leiloados em lotes. Também deste lado da cidade, a ‘CEX’ faz parte de um franchising que recentemente abriu no centro comercial ‘La Vie’. Este foca-se na compra, venda e revenda de produtos eletrónicos de segunda mão. A loja oferece uma avaliação técnica dos artigos antes de os comprar. Esta avaliação não tem custos e, após a mesma, o estabelecimento oferece o valor do artigo em dinheiro ou em vale para usar na loja. Já no lado Este do coração da cidade, no centro comercial Oudinot, está a ‘Calada vintage’. Disponível desde 2018 no instagram, e no Oudinot desde junho deste ano. As fundadoras do projeto, Madalena Viveiros e Carlota Rodrigues, confessam ter crescido com a cultura da reutilização, marcando presença em feiras e mercadinhos que fizeram desenvolver o gosto pela procura das peças. “O propósito principal foi trazer esse prazer aos outros, mas também mostrar ao consumidor que a novidade também se encontra no que já tem história, e que essas peças muitas vezes acabam por ser as preferidas do guarda roupa pois são únicas”. Admite que parte do apelo deste mercado é a singularidade de cada peça e a descoberta da mesma no meio de tantas outras, que concede cariz especial e único para o consumidor. Justifica o crescimento deste mercado com a abertura de mentalidades e com a crescente preocupação ambiental, mas também com a influência de culturas exteriores onde o ‘thrifting’ é mais comum. Um pouco mais longe do centro da cidade, e para os mais pequenos, o franchising ‘Kid to Kid’ compra e vende roupa infantil e artigos de puericultura. Situada na Rua do Vale da Ajuda, esta loja dispõe de variados artigos apropriados aos mais pequenos, desde brinquedos, roupa e acessórios.

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