2021-05-10 05:00:00 Jornal de Madeira

Cruzeiros esperam recuperar valores de 2019 em dois anos

Associação de Agentes de Navegação destaca capacidade de resiliência do setor que conseguiu manter os postos de trabalho na Região. Cátia Esteves, delegada na Madeira da Associação de Agentes de Navegação (AGEPOR), considera que as previsões para a retoma dos cruzeiros este verão são de difícil concretização. A profissional aponta a retoma para outubro e acredita que o setor terá condições para regressar aos valores de 2019 dentro de um a dois anos. Cátia Esteves enaltece o esforço das empresas que mantiveram os postos de trabalho na Região e destaca a sua capacidade de resiliência. “A atual conjuntura é desafiante. Existem os incentivos do Governo mas, mais do que os apoios, do que precisamos é de ter novamente os navios nos portos”, sublinha. A Região conta com sete agentes de navegação licenciados na Madeira, três dos quais trabalham exclusivamente com cruzeiros – Agência Ferraz, Blandy Shipping, JFM Shipping –, embora desenvolvam atividades noutros segmentos. “São empresas que estão no mercado há muitos anos e que têm um grande espírito de resiliência. A sua capacidade financeira não é ilimitada, mas tem permitindo resistirem a esta conjuntura”, alerta Cátia Esteves, adiantando não ter conhecimento, enquanto delegada da AGEPOR, de despedimentos na Madeira. Retoma não depende da Região Cátia Esteves aponta outubro como a data mais provável para o regresso dos cruzeiros à Madeira, até porque esta atividade é sazonal e a Região está em época baixa. “A retoma não depende do Governo Regional, depende da conjuntura mundial. Os armadores estão limitados pelas restrições impostas pelos países emissores”, frisa, lembrando que Portugal prorrogou a proibição da vinda dos turistas de cruzeiro a terra até 15 de junho. Na Madeira, os portos estão abertos às operações de navios de passageiros, com obrigação de testes feitos a bordo e à chegada, mas – observa Cátia Esteves – os navios não vêm exclusivamente para a Região, estão integrados num circuito e Canárias ainda não permite que os navios aportem em outras regiões. “O setor deverá recuperar quando os países emissores já tiverem uma vacinação alargada, embora haja muita vontade da parte dos turistas para viajar”, conclui. Já a anunciada parceria com os Açores para criar um circuito regional entre a Madeira, aquele arquipélago e as Canárias faz todo o sentido para os Agentes de Navegação de Portugal (AGEPOR). Cátia Esteves , delegada da AGEPOR na Madeira, entende que esta seria uma forma de garantir turistas para o setor e entende que os Açores estão dotados de condições para abraçar este desafio. foto joana sousa

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