Madeira prevê reabertura total já em outubro

“Um novo ciclo para o turismo da Madeira” é como o presidente do Governo Regional vê a nova marca que foi criada para promover o destino Madeira e que ontem foi apresentada na Praça do Povo, no Funchal, por um rosto bem conhecido do grande público, o ator Lourenço Ortigão. O novo logótipo, segundo Miguel Albuquerque, vem marcar um “antes” e um “depois” de uma das atividades mais importantes para a Madeira, como é a turística. Otimista e com “grandes esperanças” na retoma e na reabertura dos mercados da Alemanha e do Reino Unido, Miguel Albuquerque disse, já à margem da apresentação da nova imagem, não ter dúvidas de que a Região tem “todas as condições” para que, já no verão, tenha “uns bons meses de turismo”. Revelando que a “reabertura oficial” e “total” da Região far-se-á após a vacinação da população – processo que espera ver concluído já no próximo mês de setembro com a vacinação de 70% da população – , o chefe do Executivo madeirense anunciou que o grande evento que marcará o início deste regresso à “normalidade” será a realização, em outubro, da Festa da Flor, um dos maiores cartazes turísticos da Região. Revelou ainda que aquela festa será realizada nos “moldes tradicionais” e que alguns eventos serão “calendarizados nos meses posteriores". Até lá, garantiu que não vai ocorrer nenhum outro evento de grande envergadura.   Um milhão de euros para promover destino Para o secretário regional do Turismo e Cultura, esta nova marca é o culminar de um processo que tem por detrás de si um “grande estudo de conceção”. Lembrando que esta foi uma “construção longa no tempo”, Eduardo Jesus explicou que, em termos conceptuais, a nova marca foi otimizada com a tónica da segurança, um aspeto que considera ser fundamental para os dias que correm. "Esta representação é o final de uma história que nós queremos que seja o início de uma outra", disse o secretário, mostrando-se confiante na reabertura plena da atividade turística já a partir deste verão. Aliás, em termos de segurança, o governante recordou que a Madeira criou desde logo um manual de boas práticas para lidar com o setor do turismo e foi a primeira e única região de turismo portuguesa que optou por uma certificação contra os riscos biológicos. Lembrou igualmente a operação de triagem montada no aeroporto e a criação do ‘corredor verde’, o qual “nos deixa outra vez na dianteira no que diz respeito ao acolhimento de pessoas vacinadas ou que já tiveram contacto com a covid-19 e que se encontram bem e não precisam de ser testadas nem rastreadas". Representando um investimento de um milhão de euros em ações de promoção e comunicação do destino, a nova marca do destino Madeira, na perspetiva de Eduardo Jesus, “será uma grande revolução na comunicação da Madeira”, até porque, durante este período pandémico, “o nosso destino registou tendências diferentes àquelas que eram habituais”, com maior procura oriunda de novos mercados - como Lituânia - e de novos segmentos, nomeadamente turistas jovens e "nómadas digitais".   Nova imagem gera muitas críticas Assim que a nova Marca Madeira foi apresentada e lançada nas redes sociais, começaram as críticas ao novo logótipo. Observações como "é difícil de ler", ou "entregaram o departamento de marketing a um estagiário?", podiam ler-se no Instagram ou no Facebook em relação à apresentação da nova marca. Não só em português, mas também em inglês, podia ler-se que o design não tinha sido “bem concebido" e que não tinha “coerência" em relação ao design escolhido para projetar a Madeira. “Está bonito, mas não é design para o que pretendem. Tem muita cor e não se consegue ler à primeira”, lamentou uma seguidora.