2020-11-09 21:20:00 Jornal de Madeira

Venezuela acumulou 1.798% de inflação em dez meses

A Venezuela acumulou 1.798% de inflação nos primeiros dez meses de 2020, segundo dados do Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), divulgados hoje pela Assembleia Nacional (AN), o parlamento daquele país sul-americano. “A inflação de outubro foi de 23,80% e a inflação acumulada de 1.798,57%. O Banco Central da Venezuela aumentou a liquidez monetária 23%, em outubro, para continuar financiando o défice do Executivo”, explicou o deputado Ángel Alvarado, da Comissão de Finanças da AN. Por outro lado, precisou o deputado, durante uma conferência de imprensa, o bolívar forte (a moeda local) desvalorizou-se 25% em outubro, “o que tem como consequência que o salário continuou defasado e hoje cobre um histórico 0,72%”.  “Estamos observando a maior destruição de salários na Venezuela”, frisou. Ángel Alvarado explicou ainda que “durante o 3º trimestre de 2020, a Venezuela converteu-se no maior colapso económico da história moderna”. “Demorou apenas sete anos para que o socialismo de [Nicolás] Maduro destruísse 90% da economia nacional", disse. Segundo o OVF, “entre os itens que apresentaram maior inflação” em outubro estão “os eletrodomésticos com 34,2%, alimentos e bebidas não alcoólicas com 32,7%, roupas e calçado com 30,5% e a categoria de restaurantes e hotéis com 27%”. Seguem-se “as bebidas alcoólicas e o tabaco com 25,4%, o transporte 21,8%, a saúde 21,5%, aluguel de moradia 20% e educação 18,4%, entre outros”. “O valor do cabaz básico representativo, para uma família de cinco pessoas, chegou a 234 dólares [cerca de 198 euros]. O venezuelano enfrenta a pandemia [do novo coronavírus] sem qualquer ajuda ou apoio”, declarou, recordando que “o salário mínimo é de 400 mil bolívares, ou seja, menos de um dólar”. Por outro lado, Ángel Alvarado destacou que a atividade económica venezuelana caiu 50,44% no terceiro trimestre de 2020. “Então a Venezuela perdeu metade da atividade económica neste trimestre”, disse o deputado, precisando que a queda acumulada da atividade económica é de -92,4%. “A Venezuela está enfrentando algo mais profundo, não é apenas a covid-19, está enfrentando o colapso da indústria petrolífera nacional e a inação e incapacidade de Maduro [Nicolás, o Presidente da República) para implementar políticas fiscais que proporcionem liquidez para empresas e famílias”, concluiu.

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