Rede 5G perto de ser uma realidade global
A rede 5G em Portugal está cada vez mais próxima de ser uma realidade global, e os portugueses estão curiosos acerca desta nova tecnologia. Embora que muitas teorias da conspiração apontem o 5G como terrível e nefasto, tendo havido em diversos países, durante o período de confinamento, ataque e destruição de infraestruturas de comunicações 5G, com a justificação de que estas seriam causadoras e propagadoras da pandemia de Covid-19, a tecnologia vem para ficar. Alguns países asiáticos já preparam até o seu sucessor, o 6G, pois a necessidade crescente de utilização de dados móveis para acesso a conteúdos online em mobilidade assim o obriga. Em Portugal o processo do 5G esteve “parado”, mas a ANACOM anunciou recentemente que vai retomá-lo, embora já com um atraso de significativo em relação ao inicialmente previsto. A pandemia de COVID-19, a declaração do estado de emergência e o confinamento dele decorrente, demonstraram a importância da boa cobertura do país com redes e serviços de telecomunicações. Com a população confinada, o teletrabalho, o ensino online e a necessidade de assegurar o contato social fizeram disparar o consumo de voz e de dados, fixos e móveis. “A implementação do 5G afigura-se determinante para mitigar as deficiências ao nível das coberturas e das capacidades disponibilizadas pelas redes móveis existentes e garantir a coesão económica e social do país, indo ao encontro das expectativas das populações e do sector económico nacional, bem como acautelar os objetivos nacionais e europeus definidos para a banda larga móvel.” O 5G é a quinta geração de rede móvel e vem suceder ao 1G (criado em 1980), ao 2G (de 1990), ao 3G (de 2000) e ao 4G (de 2010). Com o avanço da tecnologia, as infraestruturas de rede móvel têm também vindo a ser substituídas, já que as novas são sempre mais eficazes e potentes do que as anteriores. O 1G era apenas destinado a chamadas de voz e tinha uma velocidade de 2,4 kilobytes (kbps) por segundo. O 2G passou a incluir também mensagens de texto e já era de 64 kbps por segundo. Com o 3G, no início do milénio, passou-se para uma velocidade 384 kbps por segundo, incluindo então, além das chamadas de voz e das mensagens escritas, a internet através de dados móveis. Foi com o 4G que se chegou à banda larga móvel, numa velocidade entre 100 megabytes (kbps) a um gigabyte (Gbps) por segundo. O que se espera é que, com o 5G, se chegue a uma velocidade de, pelo menos, 10 Gbps por segundo, permitindo a conexão de dados ilimitados em qualquer lado, a qualquer altura e em qualquer formato. Neste novo padrão da banda larga sem fios haverá, então, mais velocidade, maior cobertura e mais recursos. Grande parte das notícias sobre o assunto passam pela Huawei, no meio das suspeitas de espionagem atribuídas pelos Estados Unidos à fabricante chinesa, rejeitadas pela tecnológica, este gigante está na dianteira desta revolução digital. A nova infraestrutura, ainda em desenvolvimento, será 100 vezes mais rápida do que a anterior, podendo chegar inclusive a 20 Gbps. Isto torna, por exemplo, as tarefas mais velozes, com o 'download' de um filme com um gigabyte a poder demorar menos de 10 segundos. Acresce que a rede 5G vai permitir que mais aparelhos estejam conectados ao mesmo tempo, multiplicando por 100 o número de dispositivos possíveis. Em termos ambientais, também há uma redução na ordem dos 90% do consumo de energia. A Nokia também anunciou recentemente novidades no segmento da rede wireless 5G para o mundo empresarial. As soluções da empresa finlandesa vão assim oferecer aos clientes um amplo portfólio de produtos e respostas de redes sem fios privadas 4.9G/LTE e 5G. Trata-se de mais uma investida da Nokia na área da tecnologia de quinta geração, onde a empresa tem sido atualmente uma das mais pró-ativas e inovadoras. No meio das polémicas, incertezas e guerras comerciais, o mundo está mais móvel e comunicante que nunca e para assegurar essa demanda a tecnologia tem de acompanhar.