2020-09-17 14:42:00 Jornal de Madeira

SNQTB pede reunião ao Novo Banco

Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários pretende esclarecimentos sobre compromissos com DGComp e o impacto nos trabalhadores. O SNQTB acaba de solicitar uma reunião ao presidente do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco, na sequência das últimas notícias a propósito da auditoria da Deloitte e da audição parlamentar em sede de Comissão Especializada de Orçamento e Finanças, com vista a obter esclarecimentos sobre o futuro da instituição financeira. O SNQTB pretende perceber o grau de cumprimento dos compromissos com a DGComp (Direção-geral de Concorrência da Comissão Europeia) e o impacto que terá na dimensão do Novo Banco, nomeadamente no que respeita ao seu quadro de pessoal, cobertura geográfica, serviços financeiros e segmentos de mercado. O SNQTB tem conhecimento que, nas últimas semanas, o Novo Banco tem vindo a apresentar propostas de reforma antecipada e de rescisão de contratos de trabalho por acordo a um conjunto de trabalhadores.  “Pretendemos obter informação detalhada sobre estas propostas e recordamos que em momento algum os trabalhadores poderão ser coagidos a aceitá-las. Tal configuraria assédio moral, conduta sujeita a enquadramento contraordenacional laboral e criminal, reservando o SNQTB o direito de acionar os mecanismos legais apropriados para a defesa dos direitos dos seus associados. Não podemos admitir tal comportamento do Novo Banco nem de qualquer outra instituição bancária”, adianta Paulo Gonçalves Marcos, presidente do SNQTB. O SNQTB pretende também sobre esclarecer a informação sobre o facto do Novo Banco comunicar o encerramento de balcões e subsequentes transferências de local de trabalho, sem notificar os trabalhadores com a antecedência de 30 dias sobre o seu novo local de trabalho, dever que decorre do Acordo Coletivo de Trabalho.  “As ações do Novo Banco não se coadunam com as recentes declarações do presidente do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco sobre os trabalhadores, destacando o seu profissionalismo, brio e empenho. E a este propósito importa relembrar os sacríficos dos trabalhadores desta instituição. Desde a Resolução, já encerraram 308 balcões e mais de 3000 trabalhadores cessaram os seus contratos de trabalho. Recorde-se ainda que se encontra por resolver o vergonhoso caso do despedimento coletivo de 2016, que esta Administração, eficiente a resolver o legado pretérito dos créditos em incumprimento, não tem tido efetiva vontade de atalhar. O que não deixamos de estranhar”, conclui o presidente do SNQTB.

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