Estados Unidos anunciam acordos com Brasil e México sobre importação de aço
O Governo norte-americano anunciou hoje acordos com o Brasil e México sobre importação de aço visando proteger a siderurgia local, que no caso mexicano significará maior fiscalização das exportações e no brasileiro uma redução da sua cota. O Escritório de Comércio Exterior dos Estados Unidos da América ('United States Trade Representative', USTR na sigla em inglês), anunciou em comunicado a "conclusão bem-sucedida" das negociações com esses dois "parceiros comerciais chave". Em relação ao Brasil, país ao qual o Presidente norte-americano, Donald Trump, concedeu isenção de taxas aos seus produtos siderúrgicos em maio de 2018, e que a prorrogou em 2019, Washington reduziu agora a cota de exportação que havia concedido anteriormente. "À luz da recente deterioração nas condições de mercado causada pela pandemia da covid-19, que afetou os produtores nacionais de aço, os Estados Unidos consideraram necessário reduzir a cota restante para produtos de aço semiacabados brasileiros para o restante de 2020, para 60.000 toneladas métricas ", indicou o USTR. Até agora, a cota de exportação desse tipo de produto autorizada ao Brasil era de 350 mil toneladas métricas. Contudo, o acordo mantém os níveis de cota existentes para outros produtos siderúrgicos, informou o USTR. Além disso, em dezembro próximo, serão realizadas novas consultas entre os dois países sobre a cota de aço semiacabado, "momento em que esperamos que as condições do mercado tenham melhorado", assinalou o escritório comercial dos EUA. "As discussões entre os Estados Unidos e o Brasil sobre o fortalecimento de nossa relação comercial futura estão a progredir muito bem", disse o titular do USTR, Robert Lighthizer, após ter discutido o assunto com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo. Face ao México, Lighthizer elogiou a "cooperação e compromisso construtivo" da secretária da Economia mexicana, Graciela Márquez, para alcançar um acordo, "apesar do desafio sem precedentes que a pandemia covid-19" representa para os dois países.
