Covid-19: 75% empresas na Madeira reportaram reduções no pessoal
Primeiros resultados do inquérito do Instituto Nacional de Estatística e do Banco de Portugal foram conhecidos esta sexta-feira, há instantes. 29% das empresas madeirenses que responderam às perguntas assumem estar temporariamente encerradas. O inquérito ‘Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE)’ foi dirigido a uma amostra de empresas de todo o país, tem uma frequência semanal, sendo que a 1.ª semana de inquirição decorreu entre 6 e 10 de abril. Conheça as principais conclusões relativas às empresas respondentes: - 68% das empresas mantinham-se em produção ou em funcionamento e 29% temporariamente encerradas. A nível nacional estas percentagens foram de 82% e 16%, respetivamente; - 91% das empresas referiram que a pandemia conduziu a uma diminuição no volume de negócios e 8% assinalaram não existir impacto. No país, a percentagem de empresas que declararam redução do volume de negócios foi de 80%, enquanto 15% afirmaram ausência de impacto. - 55% das empresas declararam uma redução superior a 50% no volume de negócios e 32% uma redução entre 10% e 50%. A nível nacional apenas 37% das empresas reportaram uma redução superior a 50% do volume de negócios; As restrições no contexto do estado de emergência e a ausência de encomendas/clientes foram, por esta ordem, os motivos principais para a diminuição do volume de negócios; - 75% das empresas respondentes reportaram reduções no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar, enquanto 25% informaram não ter havido impacto, sendo que no país estas percentagens foram de 61% e 38%, respetivamente; - 53% declararam uma redução superior a 50% no número de funcionários efetivamente a trabalhar e 33% apontaram para reduções entre 10% e 50%. A nível nacional apenas 26% reportaram uma redução acima de 50%; -Em 52% das empresas respondentes, o layoff simplificado foi apontado como a principal razão para a redução do número de funcionários efetivamente a trabalhar, sendo que para 28% das empresas respondentes as faltas no âmbito do estado de emergência, por doença ou apoio à família foram a principal causa para a redução; - 49% das empresas já beneficiaram ou planeiam beneficiar da moratória de créditos, 57% do acesso a novos créditos, enquanto a suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivo está nos planos de 58% das empresas; - 57% das empresas consideram inviável manterem-se em atividade por mais de 2 meses sem medidas adicionais de apoio à liquidez, percentagem superior à do país (50%). De acrescentar que, na Região, a coordenação da recolha de informação esteve a cargo da Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), sendo que a taxa de resposta global na referida semana foi de 84%, representando 94% do pessoal ao serviço (NPS) e 92% do volume de negócios (VNN) das empresas da amostra. "Estas percentagens foram substancialmente superiores às verificadas no conjunto do país (54% na taxa de resposta global, representando 54% do NPS e 65% do VVN da amostra), pelo que a DREM enaltece e agradece a colaboração dos empresários madeirenses, solicitando que continuem a responder semanalmente ao COVID-IREE enquanto este permanecer ativo", explica a Direçaõ Regional.