Marítimo: Lista C ameaça retaliar com queixa-crime contra José Augusto Araújo

O líder da Lista C, Bruno Fernandes, ameaça apresentar queixa-crime se algum membro da sua candidatura for alvo de idêntica ação, em resposta às declarações proferidas esta terça pelo presidente da Assembleia Geral do clube, José Augusto Araújo. Em comunicado enviado às redações em jeito de direito de resposta “dada a proliferação de notícias falsas’, na nota assinada pelo ex-jogador do Marítimo é denunciado que “após a entrega da lista candidata às eleições do Club Sport Marítimo e ao longo do dia de hoje a “lista C”, os seus familiares, apoiantes e subscritores foram alvo de várias pressões e difamações entre chamadas, mensagens e ofensas em público, mesmo de ameaças de agressões físicas”. No ponto seguinte, Bruno Fernandes é peremptório: “A ser movido ser movido crime contra qualquer membro da “Lista C”, será igualmente movido queixa-crime contra o Dr. José Augusto, Dr. Marco Fernandes, Nuno Oliveira e às demais pessoas que venham a ser identificadas e que tenham contactado os subscritores e elementos integrantes da “Lista C”. Aliás, já estão alguns identificados”. O líder da Lista C levanta ainda suspeitas sobre uma eventual manipulação ao nível da composição dos susbscritores da sua candidatura.  “As listas de subscritores da Lista C – muito para além dos 50 sócios efetivos, com as quotas em dia, sem menores, com mais dois anos de filiação (outro crime por falsas declarações) – estavam corretos, pelo que, das duas uma: ou desapareceu algumas listas de subscritores ou os subscritores que assinaram, pressionados, dizem agora que não assinaram. E se houve falsificação de assinaturas, essa falsificação só pode ter sido feita pelos serviços do Marítimo ou por membros das outras duas listas após a sua entrega ou por terceiros que se desconhece”, lê-se no comunicado que publicamos na íntegra a seguir. "Dada a proliferação de notícias falsas, a denominada “Lista C “ candidata aos órgãos sociais do CSMM, invoca o direito de resposta, e esclarece o seguinte: Em primeiro lugar, identificar as listas por A, B e C é uma irregularidade grave que só alguém desprovido de conhecimento dos Estatutos do Marítimo e, pior, da lei. Obtiveram essas letras porque foram também enganados com o prazo limite, mas vamos identificar assim. Em segundo, um clube que não tem Estatutos no site contra lei, nem permite o pagamento das quotas via digital, precisa mesmo de uma limpeza de pessoas de cima a baixo. Segundo os estatutos do Club Sport Marítimo, mais precisamente o artigo 55.º como já foi referido várias vezes, os prazos eleitorais são 10 dias para prazo de apresentação de candidatura, 10 dias para período eleitoral, e entre o dia 20 e 30 a realização do ato eleitoral. As listas de candidatos e de subscritores só podem ser do conhecimento da Mesa da Assembleia Geral. E não foram, o que é um crime por violação da Diretiva da proteção de dados. E, com esse conhecimento, desataram a telefonar a todas as pessoas que integram e subscreveram a “Lista C” sem os conhecer, enviando inclusive fotos de assinaturas, o que é crime punido por lei. Conhecemos e temos fotografias dessas mensagens.   Ou seja, os membros das outras listas tiveram acesso a nomes, números de telefone, números de sócio e assinaturas em violação grave da lei da proteção de dados. Acontece que os subscritores sabem que as “Listas A e B” entregaram as listas subscrita por alguns sócios não efetivos, sem quotas pagas, sem dois anos de filiação e sem assinaturas e que, só à posteriori, corrigiram, supostamente (só pode) com o conhecimento do Presidente da Mesa.     Após a entrega da lista candidata às eleições do Club Sport Marítimo e ao longo do dia de hoje a “lista C”, os seus familiares, apoiantes e subscritores foram alvo de várias pressões e difamações entre chamadas, mensagens e ofensas em público, mesmo de ameaças de agressões físicas.   A ser movido crime contra qualquer membro da “Lista C”, será igualmente movido queixa-crime contra o Dr. José Augusto, Dr. Marco Fernandes, Nuno Oliveira e às demais pessoas que venham a ser identificadas e que tenham contactado os subscritores e elementos integrantes da “Lista C”. Aliás, já estão alguns identificados.   A  própria comunicação social, no meio de tanta falsidade, publicou uma outra falsidade no que se refere ao candidato a Presidente da Mesa da Assembleia Geral.    As listas de subscritores da Lista C – muito para além dos 50 sócios efetivos, com as quotas em dia, sem menores, com mais dois anos de filiação (outro crime por falsas declarações) – estavam corretos, pelo que, das duas uma: ou desapareceu algumas listas de subscritores ou os subscritores que assinaram, pressionados, dizem agora que não assinaram. E se houve falsificação de assinaturas, essa falsificação só pode ter sido feita pelos serviços do Marítimo ou por membros das outras duas listas após a sua entrega ou por terceiros que se desconhece.     O facto de poder haver enganos nos números de sócios deve-se, e só, pelo facto de a “Lista C” não ter tido acesso, como as outras tiveram, ilegal e criminalmente, à lista de sócios do Marítimo. O não haver números de sócios que não constam da base de dados fica a dever-se apenas aos serviços administrativos do Marítimo. Se não fosse e-mail da nossa candidatura as outras, teriam sido admitidas com graves erros (Sílvio Costa e Nuno Oliveira), acabando por ir a eleições e, eventualmente, eleitos de forma grave e irregular. O e-mail a informar que a candidatura da “Lista C” não foi aceite carece de justificação e indicação dos motivos, tomando-se conhecimento apenas pelas redes sociais e comunicação social da Madeira. Estas informações são graves e falsas e colocam o bom-nome das pessoas envolvidas na praça pública.  Outro crime. Parece que o “constrangimento” do Presidente da Mesa da Assembleia Geral é apenas contra antigos jogadores de futebol. Já contra listas de políticos e doutores, encolhe-se. Ou anula as eleições ou quem vai para o Ministério Público é a “Lista C”, esperando que a providência cautelar pare imediatamente esta sucessão de ilegalidades e crimes muito graves. Com os melhores cumprimentos. Bruno Pereira Fernandes"