2021-02-23 11:33:00 Jornal de Madeira

Medidas de redução de postos de trabalho permitirão à TAP poupar 1,4 milhões de euros

Segundo afirmou hoje Ramiro Sequeira, presidente da Comissão Executiva da TAP, as medidas voluntárias para redução de postos de trabalho “vão permitir uma poupança de 1,4 mil milhões de euros até 2025”. Apesar de admitir a dureza das ações implementadas, o responsável revelou que as medidas estão a ter uma adesão “positiva” e a companhia espera que o processo esteja concluído em 14 de março. A adesão [às medidas voluntárias] tem sido positiva e esperamos que esteja concluído o processo em 14 de março”, referiu Ramiro Sequeiro, que está a ser ouvido na Assembleia da República, na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, por requerimento do PSD e da Iniciativa Liberal. O responsável sublinhou também que, com os acordos alcançados com as estruturas representativas dos trabalhadores da TAP, reduziu-se de 3.000 para 800 o excesso de postos de trabalho. “A viabilidade da TAP existe”, garantiu Ramiro Sequeira, referindo que o plano de reestruturação da TAP é “realista”, “sustentável” e “viável do ponto de vista dos custos, das poupanças e da receita”. “[Isto] está a acontecer porque existe uma pandemia que afetou a TAP e todas as companhias do mundo - todas sem exceção – e, nesse prisma, decidimos fazer um plano que não fosse otimista por si mesmo”, acrescentou. Após cinco anos de gestão privada, em 2020 a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa. Em 02 de julho, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, anunciou, em conjunto com o ministro das Finanças, João Leão, que o Governo tinha chegado a um acordo com os acionistas privados da TAP, passando o Estado a deter 72,5% do capital da companhia aérea (antes tinha 50%), por 55 milhões de euros, saindo David Neeleman da estrutura acionista. O plano foi entregue à Comissão Europeia no último dia do prazo, em 10 de dezembro, e prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas. O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais. No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.  

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