2020-09-16 18:08:00 Jornal de Madeira

PSD lamenta "inércia da CMF" no combate à insegurança

“Quando o Funchal liderou, em 2019, o maior número de crimes ocorridos na Região e quando é certo que, nos últimos anos, houve um claro desleixo do Executivo nesta matéria, estranha-se – ainda que seja benéfica – a prioridade ora dada a este problema, que, no nosso entender, deve ser atacado na origem e não através da criação de novas estruturas que apenas trarão mais despesa ao Funchal”, afirmam social-democratas. Os representantes do PSD hoje ouvidos na Câmara Municipal do Funchal a propósito da insegurança que se vive na cidade reconhecem a validade do combate à criminalidade e ao vandalismo crescente e afirmam-se disponíveis para trabalhar em conjunto com a Câmara, mas são taxativos ao afirmar que tal estratégia deve ser “pensada e delineada na origem e, não, a montante do problema, infelizmente agravado pela incúria e pela falta de investimento, por parte do Executivo, na revitalização da cidade”. Não faz sentido, sublinham, “que se faça bandeira do combate a um problema que está interligado, direta e indiretamente, a várias situações que foram ignoradas pela autarquia, nestes últimos anos, nomeadamente no respeitante aos apoios que poderiam ter sido dados e não foram às famílias e aos comerciantes – particularmente neste período de pandemia – e, bem assim, à requalificação de uma cidade que se encontra votada ao abandono e que incentiva, nalguns casos, o vandalismo”. Ou seja, reforçam, “o problema existe e tem de ser atacado, mas de forma integrada e através de soluções inovadoras que, simultaneamente, combatam a exclusão social e garantam a maior segurança na cidade, ultrapassadas que sejam as questões ora agravadas dos negócios a fechar por falta de apoio e do consequente desemprego que daqui advém”. Assumidamente a favor de medidas que minimizem a insegurança e devolvam, ao Funchal, a paz e a estabilidade social que, em tempos idos, lhe eram reconhecidas, os Social-democratas defendem que o Executivo programe, assim, um conjunto de ações que não se fiquem “pela famigerada implementação da Polícia Municipal, cujas competências são exímias neste caso e representa um investimento anual de cerca de 2 milhões de euros, investimento esse que não nos parece compatível com a atual conjuntura que o Município atravessa”, vincam. “O PSD está e esteve sempre disponível para trabalhar conjuntamente nesta área, mas não irá pactuar com soluções que abordem o problema pela rama e não traduzam, efetivamente, o que é melhor para os Munícipes”, rematam.

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