Berardo defende-se com Mourinho e Ronaldo para não perder as condecorações
A 30 de setembro a Presidência da República recebeu uma carta de Joe Berardo na qual o investidor indica os motivos pelos quais considera que não deve perder as condecorações recebidas de Ramalho Eanes e Jorge Sampaio. A notícia foi avançada pelo ECO. Segundo esta fonte, o empresário madeirense mencionou exemplos de outros cidadãos que não perderam as suas condecorações, apesar de terem andado em ‘guerras’ com a Justiça. Os casos em questão são públicos, mas, por uma questão de “lisura” a defesa de Berardo não quis identificá-los. Garante, no entanto, o ECO que o comendador fez, de forma indireta, referência aos casos concretos de José Mourinho e Cristiano Ronaldo, personalidades condecoradas do mundo de futebol e condenadas pela Justiça espanhola por alegado fraude fiscal. A carta, escreve o ECO, identifica seis casos: 1) “Processos que redundaram na indiciação dos visados, por corrupção ativa, passiva e participação económica em negócio”; 2) “Processos penais tributários, em jurisdição estrangeira, que culminaram com a condenação do arguido por fraude fiscal”; 3) “Processos que tiveram como objeto a suposta prática de crimes de natureza sexual”; 4) “Processo que tem por objeto a prática (suposta) de crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e corrupção passiva e tráfico de influências”; 5) “Perdões de dívida em montante superior a 100 milhões de euros”; e 6) “Processos que culminaram na inibição para o exercício de cargos em instituições financeiras e na condenação do arguido por crime de manipulação de mercado”. Um outro argumento apontado pela defesa de Berardo “tem colocado ao dispor dos seus concidadãos um acervo de bens culturais de valor incalculável e que não têm fácil expressão pecuniária”. A defesa do empresário recorda ainda as “quase dezasseis mil bolsas atribuídas, pela Fundação Berardo, a estudantes madeirenses para que estes pudessem prosseguir os seus estudos superiores”.