2020-09-30 08:50:00 Jornal de Madeira

Desaparecida há dois anos é encontrada viva no mar da Colômbia por pescadores (com vídeo)

Angélica Gaitan, uma mulher de 46 anos, estava desaparecida há dois anos. Este sábado, dois pescadores deram de caras com a mulher a boiar no mar, de olhos fechados e com tanto frio que mal conseguia dizer uma palavra. Os dois homens gravaram o momento da descoberta, noticiada pelo Correio da Manhã, que revela que a mulher estava tão fragilizada e com frio que mal conseguia responder aos dois pescadores que a encontraram a dois quilómetros da praia em Puerto Colombia, na Colômbia.  Rolando Visbal, um dos pescadores, questionou a mulher inicialmente em espanhol e posteriormente em inglês para se certificar que a mulher o entendia, porém não obteve resposta e os dois homens puxaram-na então para o seu barco. De acordo com a mesma fonte, que cita o jornal colombiano La Libertad, a mulher não conseguia responder, mas foi a própria que sinalizou um pedido de socorro para que os dois pescadores a vissem.  "Eu nasci de novo, Deus não queria que eu morresse", terá dito a mulher, de acordo com a imprensa local. Fica ainda o mistério do que aconteceu à mulher durante os últimos dois anos, algo que está a ser investigado pelas autoridades locais.  O CM informa ainda que Angélica revelou à rádio RCN que era vítima de violência doméstica há 20 anos e que tentou fugir para que o marido não a matasse. "Durante 20 anos, tive um relacionamento tóxico, fui violada pelo meu ex-marido. O abuso começou na primeira gravidez, ele batia-me e agredia violentamente, na minha segunda gravidez, o abuso continuou e não pude fugir dele porque as meninas eram pequenas", relata. "Muitas vezes eu denunciei, mas a polícia levava-o e 24 horas depois ele estava na casa novamente", disse ainda. Em setembro de 2018, altura em que a família deixou de saber o seu paradeiro, Angélica fugiu após ser violentamente atacada. A mulher alega que viveu numa situação difícil durante seis meses em Barranquilla e foi posteriormente acolhida por um abrigo para os mais necessitados. Foi então que, alega, entrou numa depressão profunda. "Não queria continuar com a minha vida. Uma senhora deu-me bilhetes e apanhei um autocarro diretamente para o mar", disse assumindo que o marido a afastou de qualquer ajuda familiar ou de amigos que pudesse recorrer. Esta assume que se lembra de estar na praia e entrar na água. "Deixei-me levar e esperei que esse pesadelo acabesse". A partir daí, a mulher diz não se lembrar de muito, informa ainda a mesma fonte. As filhas de Angélica, entretanto identificadas, garantem que a mãe não diz a verdade relativamente aos abusos de que terá sofrido.   

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