Alojamento turístico continua a recuperar
Os mais recentes dados divulgados pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) relativos ao movimento registado, em maio deste ano, nos estabelecimentos de alojamento turístico na Região dão claros sinais de que o setor está a recuperar. Ainda assim, a atividade turística no arquipélago continua a apresentar quebras significativas no total de dormidas, quando comparadas com os tempos pré-pandémicos. De facto, embora o número de dormidas em maio de 2021 tenha ascendido às 206,9 mil, este não chegou sequer a 30% do valor verificado em 2019 no referido mês. Já se tivermos em conta o período homólogo, os dados são mais animadores, com estes estabelecimentos a darem conta de um crescimento bastante expressivo de 3 992,8% nas dormidas, crescimento o qual se justifica pelo facto de em maio de 2020 o movimento de hóspedes ter sido residual, dadas as medidas restritivas de controlo da pandemia em vigor. No mês em análise, 52,8% dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM registaram movimento de hóspedes (61,3% da capacidade do alojamento turístico total), tendo o turismo no espaço rural sido o segmento com maior percentagem de estabelecimentos com movimento de hóspedes (73,0%), seguido da hotelaria (60,8%) e do alojamento local (51,5%). Por sua vez, excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico apresentaram um acréscimo de 5 782,5% relativamente a maio de 2020, superior ao observado no país, que foi de 687,7%. Em termos homólogos, os proveitos totais e os de aposento também apresentaram aumentos elevados (13 725,6% e 9 180,3%), fixando-se nos 11,1 e 7,1 milhões de euros, respetivamente, ficando, contudo, aquém dos somados em 2019 (38,5 e 25,6 milhões de euros). De igual modo, analisando o acumulado da atividade turística entre janeiro e maio deste ano, as dormidas no total do alojamento turístico na RAM decresceram comparativamente ao período homólogo, rondando os 592,9 milhares, enquanto os proveitos totais e de aposento apresentaram quebras de 59,7% e 61,1%, respetivamente. A hotelaria foi o segmento que concentrou mais dormidas (70,4%), crescendo 7 526,1% em termos homólogos, dado que em maio de 2020 apenas 2,6% dos estabelecimentos encontravam abertos, originando um valor irrisório de 1,9 mil dormidas. No que concerne ao valor da estada média no mês de maio, esta ficou-se pelas 4,12 noites, um decréscimo relativamente ao mesmo mês do ano anterior (4,81 noites). Já a taxa de ocupação-cama do alojamento turístico no mês em referência não ultrapassou os 23,8% (+11,5% acima do observado no mês homólogo), enquanto que a taxa de ocupação-quarto atingiu os 26,6%, com um proveito por quarto utilizado de 75,34 euros (+77,0% face a maio de 2020: 42,57€), valores, ainda assim, muito inferiores ao contabilizado em 2019 (61,2% e 68,9%, respetivamente). Por sua vez, o proveito por quarto utilizado passou de 42,57€ em maio de 2020 para 75,34€ em maio de 2021 (+77,0%). Turismo nacional cresce No respeitante aos principais mercados emissores, a entrada de Portugal na lista verde do Reino Unido a 17 de maio, ter-se-á refletido já nos números deste mês, já que o mercado britânico foi o que contabilizou o mais crescimento (24 798,0%), em termos homólogos. Seguiu-se o mercado francês (+21 037,3%) e o mercado alemão (+4 641,0%). De igual modo, o mercado nacional também registou uma grande subida no número de dormidas neste mês (+1 990,2%). Contudo, em termos acumulados (de janeiro a maio de 2021), o mercado britânico continua a registar a maior quebra (-86,4% de dormidas). Seguem-se os mercados alemão e francês, com decréscimos de 68,9% e 53,2%, respetivamente. Em sentido inverso rumou o mercado português, que apresentou um crescimento animador de 30,0%, relativamente ao período homólogo.
