ACIF pede adaptação nacional ao lay-off ou criação de um complemento regional
Com a retoma a acontecer mais lentamente do que o esperado e os prognósticos para os meses de inverno a se revelarem pouco otimistas, a ACIF voltou, hoje, a apelar ao Governo da República que adapte o novo regime de lay-off, por forma a abranger as pequenas empresas com quebras de faturação na casa dos 20%. Em alternativa, defende António Jardim Fernandes, a Madeira deve criar um complemento regional. O novo regime de lay-off aplica-se a empresas com uma quebra “substancial” de faturação, que podem rondar entre 65% e 75%, mas no caso do tecido empresarial madeirense, maioritariamente composto por pequenas e médias empresas, a ACIF entende que as entidades com quebras inferiores, mesmo na casa dos 20%, deviam ser contempladas. O vice-presidente da ACIF alerta para o facto de muitas empresas não estarem a arrecadar receita suficiente, sequer para fazer face aos custos operacionais. António Jardim Fernandes aplaude a decisão de Miguel Albuquerque, líder do Governo Regional, que pretende criar mais ajudas, mas lembra que esta tem de ser uma intervenção rápida sob o risco de, quando chegarem os apoios do novo quadro comunitário, “não haver empresas para os aproveitar”. Pela positiva, a ACIF destaca a programação da Invest RAM - a linha vai disponibilizar mais 45 milhões para apoiar a manutenção de postos de trabalho - e a abertura de novas linhas de crédito em janeiro, mas sem a adaptação ao lay-off estes apoios são, diz António Jardim Fernandes, “manifestamente insuficientes”.