2020-03-17 17:33:00 Jornal de Madeira

"Situação desastrosa" nas empresas de animação turística com 98% de cancelamentos em Portugal

O presidente da APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos,  António Marques Vidal, fala numa "situação desastrosa" nas empresas de animação turística em Portugal, que registaram 97% de cancelamentos, sem novas reservas à vista. Ao Publituris, António Marques Vidal afirma que “os cancelamentos, são cerca de 98% e não existem, na generalidade, qualquer pedido de novos”, classificando a situação como “desastrosa”. O responsável explica, à mesma publicação, que algumas das empresas do setor tinham realizado investimentos, “com a perspectiva de uma boa época” e agora “ficam paradas”. O presidente da APECATE não antevê um período favorável para o setor da animação turística, complementando que o tecido empresarial do setor não tem “tesouraria para aguentar os próximos dois meses”. A APECATE apresentou, ao Publituris, algumas medidas para fazer face ao período conturbado, entre elas a criação de  um Gabinete de Apoio Jurídico às Empresas, para o sector do Turismo, com “especialistas nas questões específicas dos seus vários subsectores – legislação do trabalho, políticas excepcionais relativas a dispensas laborais temporárias, despedimentos, indemnizações, cancelamentos, reembolsos e apoios disponíveis para fazer face à crise – para que os empresários possam dedicar-se com segurança às suas funções empresariais e dar respostas sustentáveis a uma crise que, num mundo em que os media tanto influenciam a percepção da realidade e da real dimensão dos perigos, corre o risco de um desenvolvimento sem precedentes”; a criação de “soluções de emergência” que permitam o “acesso imediato a um regime de lay off específico para esta situação, ao Fundo de Desemprego da totalidade ou parte dos trabalhadores, em função do ajustamento necessário da atividade da empresa, sem perda do vínculo com a entidade empregadora”. "Criação de linhas de crédito sem juros e sem reembolsos até fim da situação de crise, com prazos longos de reembolso, à semelhança do ocorrido noutras situações no sector – e.g. falência do operador Thomas Cook – e noutros sectores de actividade – agricultura, crise dos têxteis no Vale do Ave; Moratória dos Bancos em relação às amortizações e juros de todos os financiamentos contratados até ao final da crise; Moratória fiscal total e Segurança Social até ao final da crise sem prestação de garantias que os empresários não vão conseguir obter; Apoios à renovação/ reabilitação e modernização. Através de um Fundo separado, apoiar Investimentos incluindo nos mesmos verbas referentes ao pessoal interno afeto aos mesmos – e.g. Formação; Prazo do crédito fiscal dos prejuízos ilimitado; Apoio nos encargos com os recursos humanos, como a dispensa do pagamento do TSU nos meses de crise, lay off com valores preferenciais", são outras medidas deixadas por António Marques Vidal, que apela a que sejam evitados despedimentos nas empresas. 

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2025-09-15 10:04:00 Jornal da Madeira

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