2021-02-24 05:33:00 Jornal de Madeira

Submersos em crise sem precedentes

Nem mesmo na época de estreia na primeira divisão (1977/78), e nas que levaram a duas descidas, num campeonato com 16 equipas, o Marítimo segurou a ‘lanterna-vermelha’ à 20.ª jornada. Um regresso ao passado na história do Marítimo primodivisionário apenas consegue encontrar semelhanças com o atual momento de crise, em termos de resultados desportivos, nos primórdios da aventura no principal escalão do futebol português. Nem mesmo na época de estreia na primeira divisão (1977/78), e num campeonato com 16 equipas, os verde-rubros seguraram a ‘lanterna-vermelha’ à 20.ª jornada do campeonato. A história diz ainda que o Marítimo, ao sofrer a sétima derrota consecutiva na temporada, na passada segunda-feira frente ao FC Porto, alcançou o pior registo desde que disputa campeonatos nacionais, no início da década de 70, segundo dados do playmakerstats, ‘braço’ estatístico do portal zerozero.pt, o qual detém o maior banco de dados desportivos ao nível nacional. Para o mundo do futebol, os registos estatísticos e históricos valem muito pouco. Mas muitos outros setores de atividade são ferramentas indispensáveis para ajudar a planear e perspetivar o que está para vir, através da identificação de tendências. E esta última variável diz que o Marítimo está em risco de descer de divisão pela terceira temporada consecutiva, sendo que na presente se verifica um risco maior comparativamente às duas anteriores. 7 derrotas consecutivas é o pior registo do Marítimo desde que disputa campeonatos nacionais. Nas temporadas de 2019/20 e 2018/19, a equipa chegou à 20.ª jornada na mesma posição, em 14.º lugar, com 21 e 20 pontos amealhados, respetivamente. A salvação matemática foi alcançada, como se sabe, ainda antes das duas últimas jornadas, mas desta vez o quadro apresenta-se mais complicado, tendo em conta o número de candidatos que lutam para evitar a descida. Do último lugar ocupado pelo Marítimo até ao sétimo pelo Moreirense distam apenas oito pontos. Ainda faltam 14 rondas para disputar, ou 42 pontos, mas o espaço de manobra dos verde-rubros ficará seriamente limitado sem uma reação enérgica e concertada por parte de toda a estrutura do clube, mas sobretudo por parte dos jogadores e equipa técnica. Os erros individuais têm sido o ‘calcanhar de Aquiles’ do consulado de Milton Mendes (que pelos vistos vai ter mais uma oportunidade), mas as constantes mudanças operadas pelo técnico na equipa base também servem para explicar a instabilidade exibicional e a série de resultados negativos que atiraram o Marítimo para o último lugar. Alguns erros de arbitragem também contribuíram para montar o cenário atual, mas no final da época, como sempre, a memória será sempre curta. Piores registos à 20.ª jornada Temporada posição pontos 1986/87 14.º 15 1985/96 12.º 22 1984/85 (II Liga)   1983/84 (II Liga)   1982/83* 13.º 15 1981/82 (II Liga)   1980/81** 15.º 14 1979/80 7.º 19 1978/79 14.º 13 1977/78 13.º 13 (campeonato com 16 equipas) *Descida como 14.º com 25 pontos **Descida como 15.º com 23 pontos     Adeptos de Benfica e Sporting ‘crucificam’ Rúben Macedo Rúben Macedo não vai esquecer tão cedo o jogo de segunda-feira à noite. E muitos adeptos, sobretudo do Benfica e do Sporting, estão a encarregar-se que assim seja, através da página oficial do jogador no Facebook. Pouco depois do final do jogo, começaram a ser partilhadas fotografias nas redes sociais do tempo em que o jogador representava o FC Porto, com o propósito de levantar suspeitas de premeditação na grande penalidade que o agora jogador do Marítimo cometeu e que acabou por dar o triunfo aos dragões. O extremo português chegou a sair do terreno de jogo em lágrimas e foi confortado pelos colegas no balneário, mas para muitos adeptos a sentença de culpado, proferida com insultos de toda a espécie, nem sequer é passível de recurso. Reagindo a esta situação, o Sindicato dos Jogadores condenou ontem os insultos, manifestações de ódio e ataques propagados pelas redes sociais contra Rúben Macedo, manifestando total solidariedade e apoio na defesa do seu profissionalismo, dignidade e bom nome. Primeiro golo portista foi obtido de forma irregular O primeiro golo do FC Porto contra o Marítimo, no jogo de segunda-feira para a 21.ª jornada da I Liga, foi obtido de forma irregular. O lance passou ao lado da equipa de arbitragem e do VAR, mas, ainda durante a partida, muitas foram as opiniões emitidas a questionar a sua legalidade. Para o ex-árbitro Duarte Gomes, que agora faz análise para o jornal A Bola, o “golo inaugural do jogo cheio de minudências técnicas” e devia ter sido invalidado. “Edgar Costa fez mesmo falta sobre Sérgio Oliveira; a bola não entrou em jogo de forma correta (tinha de ser pontapeada e mover-se claramente, foi apenas pisada por Zaidu, e Sérgio Oliveira tocou-a depois duas vezes seguidas); Mbemba, que estava em jogo, não fez falta sobre o adversário; e a bola ainda desviou no braço de Léo Andrade mas sem infração (a ser deliberada, o golo seria validado e teria de ver amarelo). Tudo num único lance”, escreveu o especialista.  

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